Um parece técnico da Defesa Civil do Município constatou o risco de desabamento da Ponte Benedito Figueiredo, sobre o Rio Coxipó. Em razão disso, a Prefeitura interditou totalmente a estrutura a partir desta quarta-feira (13).
As vistorias foram realizadas na segunda (11), terça (12) e quarta-feira.
“Concluo pelas ausências de condições mínimas de segurança para a trafegabilidade de veículos sobre essa referida cabeceira de Ponte e, de pessoas, sobre a passarela de pedestres provisória ali construída”, consta em trecho do documento assinado pelo diretor de Proteção e Defesa Civil, Paulo Eduardo Wolkmer.
Devido às recomendações prévias feitas pela Defesa Cívil, a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) já havia bloqueado o trânsito totalmente no período das 20h às 6h.
Alair Ribeiro/MidiaNews
Desmoronamento na margem esquerda do Rio Coxipó
De dia, o fluxo de veículos estava reduzido a apenas uma faixa. Agora, no entanto, o fechamento será total.
A ponte é uma importante ligação do Coxipó com a região central da cidade. Sua interdição vai impactar no fluxo de veículos da Avenida Fernando Correa da Costa.
A Defesa Civil realizou a vistoria após um desmoronamento na margem esquerda. O estrago ocorreu devido às fortes chuvas dessa época do ano e a não conclusão da obra planejada para a encosta.
No início deste mês a reportagem do MidiaNews foi até o local e conferiu os danos causados pelo desmoronamento da cabeceira. Além disso, uma parte do concreto que fica na passarela de pedestres caiu.
Recomendações
Além da interdição total da ponte, a Defesa Civil pede que as obras estruturais de responsabilidade do Governo do Estado sejam concluídas em caráter emergencial.
Pede ainda que seja feita a recuperação do canal original do Rio Coxipó para minimizar a força da água na estrutura da ponte.
Por fim recomenda a expansão em 3 metros, na direção do aterro – Bairro Coophema -, da passarela de pedestre, sob risco desta ser interditada (veja trechos do relatório no final da matéria).
A obra
A obra de reparo da ponte, que teve início no começo deste ano, foi orçada em R$ 626,34 mil. Entre os itens previstos na obra estavam a estabilização da margem esquerda da cabeceira com a utilização de gabiões (tipo de estrutura armada, flexível, drenante e de grande durabilidade e resistência) e o reaterro compactado da área.
Com 155 metros de extensão, 12,8 metros de largura e duas faixas de circulação, o local foi parcialmente liberado no início do mês de abril, mediante uma determinação do prefeito Emanuel Pinheiro, a fim de garantir maior fluidez ao trânsito na região.
A responsabilidade pela obra é do Estado, por meio da Secretária de Cidades (Secid). Porém, a Pasta rompeu o contrato com a empresa, A.I. Fernandes Serviços de Engenharia, pelo não cumprimento do prazo de finalização.
Leia trecho do parecer da Defesa Civil:
Reprodução
Midia News.
