O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), disse não temer a perda de foro privilegiado com a desistência de disputar a reeleição de senador, nas eleições deste ano. Ele é alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em conversa com a imprensa nesta semana, Maggi disse estar tranquilo e que responderá às acusações na Justiça.
“Se eu tivesse receio disso, ia disputar eleição. Todo mundo diz que é melhor ter foro. Mas se eu não estou disputando eleição, estou abrindo mão em um futuro próximo do foro. Isso demonstra muito a minha tranquilidade a respeito desse assunto”, afirmou.
“Não estou negando que tenho que responder. E irei responder com toda tranquilidade os assuntos que foram colocados”, disse.
Blairo é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como o líder de o esquema de corrupção que se instalou ainda em sua gestão. O ministro é citado diversas vezes no acordo de colaboração premiada (delação) do ex-governador Silval Barbosa.
Além disso, ele é citado em investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
O ministro disse saber que há teorias que dizem ser melhor ter foro, já que ele responde a acusações em instâncias superiores. Mas que, segundo ele, isso não pesou em sua escolha.
“Não adianta ficar dizendo muito. Sei que tem teorias que falam que é melhor manter o foro. Mas é uma decisão muito tranquila. É pessoal. Não tem nada a ver uma coisas com a outra”, afirmou.
Assim que deixar o Ministério da Agricultura, em dezembro, com o fim da gestão Michel Temer (MDB), os inquéritos a que respondem devem ser encaminhados para novas instâncias.
Desilusão
Para o ministro, as acusações preocupam e tiram o brilho de sua carreira. Entretanto, negou que sejam as razões principais de sua desistência.
“Qualquer coisa negativa que temos que responder preocupa e tira o brilho. Mas isso não faz parte da discussão politica e sim jurídica. É lá que vamos responder. Isso não se trata de política, mas de um processo jurídico que está caminhando dentro da normalidade”, completou.
Midia News.