O governador Pedro Taques reuniu o Comitê Gestor de Crise neste domingo (27.05) para avaliar a situação do Estado diante da paralisação dos caminhoneiros. Em Mato Grosso, são 29 pontos de manifestação em rodovias federais, mas sem bloqueio das estradas. O Governo já determinou prioridade no abastecimento de combustível e insumos para os setores de segurança e saúde
Além dos integrantes do Governo, também participaram do encontro o Exército, Polícia Rodoviária Federal, Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Associação dos Atacadistas e Distribuidores de Mato Grosso (AMAD) e representante da BR Distribuidora.
O governador Pedro Taques destacou a importância da integração neste momento de crise para que a população sinta pouco os efeitos do desabastecimento. "Agradeço esse esforço coletivo de várias instituições na busca de soluções para a falta de combustível e outros produtos. Os caminhoneiros têm o livre direito de manifestação, e ela está sendo pacífica, mas nós temos que trabalhar para que os serviços essenciais à população sejam mantidos, daí a importância deste comitê".
Foi decretado a suspensão do expediente no Poder Público Estadual nesta segunda-feira (28.05). Caso a crise do desabastecimento continue, a suspensão pode ser prorrogada.
O secretário de Segurança Pública, Gustavo Garcia, afirmou que as forças de segurança do Estado, Polícias Militar e Civil, Bombeiros e Polícia Técnica estão operando de forma integral nas ruas. “Não tivemos redução da frota na rua, estamos operando de forma plena. Todas as viaturas estão abastecidas e temos reserva de combustível para os próximos dias”.
Ainda segundo o governador, outra preocupação do Estado, é quanto aos frigoríficos, Mato Grosso tem o maior rebanho bovino do Brasil e um dos maiores na produção de frangos. Segundo Taques, o Estado busca manter os carregamentos de rações e está em campanha de vacinação até o final de maio, questão extremamente importante para manter o Estado livre de febre aftosa. Junto com outras entidades ligadas ao setor, o Indea irá distribuir adesivos para os caminhões que transportam comida para animais.
Outra questão pontuada é sobre a alimentação nas cadeias e penitenciárias do Estado. O governo, por meio da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos já liberou a entrada de alimentos trazidas por familiares de presos que estão sob custódia do estado.
Quanto a alimentos, o presidente da Amad, João Carlos, disse que há estoque de alimentos não perecíveis por até mais 15 dias. Já o estoque de alimentos perecíveis, como laticínios e hortifrutigranjeito, acabou. Esses alimentos vêm em grande parte de outros Estados.
O governador espera que o Governo Federal e os caminhoneiros cheguem em breve numa acordo para que o abastecimento de combustível e insumos seja normalizada ao cidadão e também alertou que uma solução rápida é importante para que a arrecadação do Estado também não sofra perda significativa, que pode prejudicar na prestação de serviços.
Em Cuiabá e Várzea Grande a maior preocupação do governo é com o funcionamento normal das unidades de saúde, principalmente os Prontos-Socorros.
Grupos de Trabalhos
Foram criados ainda grupos de trabalhos específicos para saúde, alimentos e combustíveis. Segundo o governador, esses grupos vão atuar em áreas específicas para diminuir o tempo da normalização.
A equipe da Defesa Civil no Estado também está atenta ao caso e possui um bom estoque de produtos essenciais, caso haja um colapso ainda maior no abastecimento.
Outra preocupação é com os aeroportos de Mato Grosso, principalmente o Marechal Rondon, algumas distribuidoras não estão conseguindo abastecer em São Paulo e o combustível atual dá para abastecer as aeronaves até terça-feira (29.05).
Participaram do encontro os secretários Rogério Gallo (Fazenda), Rui Fonseca (Seges), André Baby (Sema), Marcy Monteiro (Gcom), Gustavo Garcia (Sesp) e Juliana Ferrari (Secid). O presidente da Fiemt, Silvio Rangel; o superintendente da PRF em Mato Grosso, Aristóteles Cadidé; o gerente regional da BR distribuidora, José Mol; e representates do setor atacadista.