Mendes diz que falha em pagamento foi erro burocrático: “professores têm que parar de conversa”

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Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

O governador Mauro Mendes (DEM) explicou, na manhã desta quarta-feira (21), que a falha no pagamento referente aos dias cortados dos profissionais da Educação que estavam em greve ocorreu devido à ausência de um termo de reposição das aulas, que já havia sido requisitado ao Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) na ocasião do acordo que pôs fim a greve. O chefe do Executivo reclamou da nova ameaça de paralisação e disse que os servidores têm que “parar com conversa fiada”.

Conforme apurou a reportagem, uma série de escolas em todo o Estado suspenderam as atividades nesta quarta-feira (21) para pressionar o Governo. O Sintep se reúne ainda nesta manhã com o chefe da Casa Civil para discutir a situação.

“As escolas tinham que mandar para a Seduc o termo assinado pelos professores, de que iam repor as aulas. Mas algumas escolas não mandaram e sem esse termo não vamos pagar. Num universo de 18 mil, 5 mil pessoas ficaram sem assinar esse termo. E o Estado já pagou todos os atrasados de quem assinou o termo. A reunião é para aparar essas arestas e garantir que o pagamento será efetuado”, esclareceu o governador, ao Olhar Direto.  

A expectativa, segundo o Sintep, é de que na última terça-feira (20) todos os profissionais que tiveram seus pontos cortados durante a greve recebessem a reposição salarial, conforme acordo firmado com o Executivo. Alguns profissionais não foram pagos e, em nota, o Sindicato acusou o Governo de calote e ameaçou promover uma nova greve.

Por meio de assessoria, a Secretaria de Educação informou que àqueles que não receberam teriam o valor restituído no dia 10 de setembro. A Pasta, assim como esclareceu Mendes, afirmou que as escolas dos professores que não foram incluídos na folha de pagamento haviam excedido o prazo limite para enviar uma planilha com os nomes daqueles que voltaram às aulas.

“Esses problemas operacionais foram causados justamente por dificuldades geradas pela greve. Foi uma grande confusão, porque teve escola que só uma pessoa fez greve, em outras escolas eram 10, em outras eram a metade, então assim, essa grande complexidade de organizar isso e fazer uma folha para não cometer erros é que gerou isso. Mas são detalhes administrativos que serão resolvidos. Eles têm que parar com essa conversa fiada, é hora de trabalhar. Nós iremos pagar na medida em que conseguirmos resolver essas questões administrativas”, ratificou o governador.

Greve dos professores

A greve da Educação teve início no dia 27 de maio e foi encerrada no dia 9 de agosto. O movimento buscava garantir o cumprimento da Lei 510, conhecida como Lei da Dobra, além de melhorias nas 767 escolas espalhadas pelo Estado.

O movimento grevista chegou ao fim depois que o governador Mauro Mendes propôs que, assim que o Estado voltar aos limites da LRF, todo o espaço fiscal aberto abaixo de 49% da Receita Corrente Líquida (RCL) será usado para a concessão da Revisão Geral Anual (RGA) e dos aumentos remuneratórios aos servidores.

Deste espaço fiscal, 75% serão destinados à RGA para todos os servidores públicos e os 25% restantes para os reajustes já concedidos nas leis de carreira – que beneficiariam os profissionais da Educação, Meio Ambiente e Fazenda.

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