Fonte: Olhar Direto
O delegado Fausto Freitas disse que o jornalista Marcelo Ferraz, morto após um desentendimento com Jonh Lennon da Silva, 21 anos, no dia 28 de setembro, por não ter R$ 3 para pagar a droga que havia consumido, não sofreu abuso sexual por parte do assassino. A hipótese havia sido levantada após a vítima ser encontrada com as vestes abaixadas.
Conforme o delegado, a hipótese de abuso sexual foi descartada. “Com relação à eventual violência sexual, não confirma, pois com base em circunstâncias, a hipótese mais provável é de que as vestimentas da vítima estavam bagunçadas, pois o suspeito tentou buscar valores em dinheiro que a vítima pudesse ter no corpo, mas ele não portava cartões ou dinheiro”.
No local do crime, o mesmo em que o corpo foi encontrado, os peritos localizaram apenas a carteira de identidade profissional que o jornalista portava, o que corrobora a tese. Exames da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) também não apontaram qualquer evidência de estupro.
O jornalista foi dado como desaparecido no dia 28 de setembro. Seu corpo foi encontrado com sinais de violência no início da tarde do dia 30, data em que a família também registrou o boletim de ocorrência.
No dia do crime, o jornalista não tinha dinheiro, nem qualquer produto que pudesse ‘pagar’ para consumir a droga.
“A motivação provável é que o indiciado usou droga com a vítima naquele momento, acreditando que ela teria dinheiro para continuar usando, mas diante da ausência de recursos da vítima, houve um desentendimento, acabou acontecendo o crime”. Depois do crime, o delegado conta que ele seguiu até uma casa, e teria confessado o crime para a namorada e outros usuários de droga.
O caso
O jornalista foi dado como desaparecido no dia 28 de setembro. Por volta das 20h, ele saiu do bairro Jardim Aclimação e disse que estava a caminho da Praça da Mandioca, onde iria encontrar alguns amigos. Desde então, não deu notícias. Seu corpo foi encontrado com sinais de violência no início da tarde da segunda-feira (30), data em que a família também registrou o boletim de ocorrência.
De acordo com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Marcelo havia sido morto há aproximadamente 48 horas. Ele teria sido morto a pedradas e, em consequência, teve traumatismo craniano. O corpo do jornalista foi liberado pelo IML após a análise e foi velado na terça-feira, 1º de novembro.
A suspeita inicial era de que a vítima teria pedido uma porção de pasta base, que custava R$ 3, mas não tinha dinheiro para pagar. Assim, o acusado teria pego uma pedra e desferido diversos golpes na cabeça da vítima. Após matá-lo, John Lennon confessou a um homem que estava embaixo de um viaduto, dizendo “me dá uma droga que acabei de matar uma pessoa”.