Advogado pede prisão preventiva do pai de jovem que matou amiga no Alphaville

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Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

O advogado Hélio Nishiyama, que representa a família de Isabele Guimarães Ramos, morta pela própria amiga, de 14 anos, no Alphaville, em Cuiabá, pediu a prisão preventiva do empresário Marcelo Cestari, pai da acusada. O requerimento se baseia no fato do oficial de Justiça não ter encontrado a família em nenhum dos endereços apresentados.

A peça apresentada pela defesa da família mostra que, na quarta-feira (22), a Justiça determinou a intimação do indiciado para se manifestar sobre o pedido de fiança. Porém, o oficial, ao dar cumprimento à determinação do magistrado, certificou que não localizou o empresário.

Por conta disto, Nishiyama entende que a mudança de residência sem prévia autorização da autoridade judicial configura quebra de fiança. Ele ainda apresenta dois novos endereços onde Marcelo Cestari poderia ser encontrado.

O pedido do advogado ao juízo é para que seja expedido novo mandado de intimação e, caso ele não seja encontrado, sugere que seja decretada a quebra de fiança e a prisão preventiva ou que sejam impostas novas medidas cautelares, sem sem prejuízo da majoração do valor da fiança, o que já foi requerido anteriormente.

O caso

Segundo informações da Polícia Judiciária Civil, por volta das 22h30 Isabele já foi encontrada sem vida no banheiro da casa. A amiga informou à Polícia que efetuou o disparo acidentalmente contra a colega.

Isabele morreu com um tiro na cabeça (entrou na região da narina e saiu pela nuca), efetuado pela amiga ao manusear uma pistola PT 380, dentro do condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.

Das sete armas encontradas na residência, duas delas não estavam com o registro no local e por este fato, o proprietário foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido. Ele foi conduzido à DHPP e autuado pelo crime, que é afiançável. Depois de pagar a fiança, foi liberado.

Outro lado

O advogado Rodrigo Pouso, que patrocina a defesa da família de Marcelo, afirmou ao Olhar Jurídico que o empresário não mudou de endereço. Ele disse que Marcelo continua indo ao local, mas que ele e sua família, por recomendações de psicólogo, estão se hospedando em outro lugar, em decorrência do “trauma”.

“O endereço dele é o mesmo, permanece, a orientação é do psicólogo, em relação a voltar para casa, porque é muito traumático para as meninas ainda, pra família toda é traumático, então tem laudo médico para isso aí”.

Ele ainda disse que já devem se manifestar sobre a decisão da majoração da fiança e que não é caso de prisão, pois ainda estão dentro do prazo.

“Ele [Hélio Nishiyama] pode fazer o que quiser, nós estamos no prazo legal, a intimação é pessoal, o prazo começa a contar a partir da intimação pessoal. Já vamos nos manifestar pela intimação e apresentar justificativa em relação ao pedido dessa fiança. É lógico que ele quer acelerar, buscar uma prisão, mas não é o caso, meu cliente não é bandido, não tem nem porquê se ausentar”.

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