Gallo estima perder 7% do PIB em 2020 e alerta chefes de Poder sobre a redução do duodécimo

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Foto: Reprodução
CAMARA VG
Fonte: Olhar Direto
O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Rogério Gallo (DEM), estima que o estado pode perder até 7% do Produto Interno Bruto (PIB) por conta da falta de arrecadação causada pela pandemia do novo coronavírus. Essa retração dos números é devido a pandemia do coronavírus. Porém, mesmo assim, estudos ainda apontam que esta será a melhor performance entre todos as unidades da federação este ano.

O agro deve ser o setor que segurará e ajudará a reerguer os números de Mato Grosso no pós pandemia. Porém, mesmo com esses estudos, a pasta econômica do estado está contendo despesas para que o fornecedor e o funcionário público tenha como receber o salário até o mês de dezembro, além do 13º.

“Despesas estão sendo contidas, porém as áreas essenciais como Saúde, Segurança e Assistência Social continuam a receber nossos investimentos. Porém, com esse ritmo desacelerado da atividade econômica, poderemos perder até 7% do PIB. Mas, temos um compromisso para manter nossos pagamentos em dia dos fornecedores e funcionários públicos, inclusive com 13º”, comentou o secretário durante o Jornal da Jovem Pan, desta sexta-feira (24).

Gallo ainda alertou que em 2021 será um ano de recuperação. Porque ano que vem não terá o auxílio financeiro de R$ 1 bilhão aos estados, que foi repassado esse ano devido a pandemia. Por isso é necessário que os chefes de Poder compreendam a necessidade de reduzir o valor do duodécimo.

“O que o governador quer sensibilizar os presidentes é sobre isso. O que o governador está dialogando é para que os chefes de Poderes colabore. Teremos um aumento do custo da saúde pública em Mato Grosso. Não podemos estimar o quanto. Tem cidade que vivia um apagão em estrutura. Agora tem UTI. Em 2021 teremos dois hospitais. vamos terminar o hospital central e fazer um hospital no baixo Araguaia. E isso vai aumentar o custeio da saúde pública em Mato Grosso, e não teremos o auxilio financeiro da União devido a pandemia. Por isso pedimos compreensão”, disse Gallo.

O secretário ainda confirmou que é necessário uma conversa com todos os presidentes, de Assembleia Legislativa, Ministério Público, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Defensoria do Estado, pois o orçamento do estado será encaminhado em breve para o Legislativo votar e não tem nada definido quanto ao valor real da redução que deve ser proposta pelo governador aos Poderes.

“O orçamento deve ser enviado a Assembleia Legislativa até setembro de 2020. Por isso é necessário o diálogo. Não está certo em ser 21% de desconto e também não considero oportunismo. Primeiro que está havendo receitas que não se repetirão e despesas que foram criadas com a pandemias e não serão totalmente eliminadas. Além de despesas nas áreas essenciais que continuarão. Todos precisam colaborar. Precisamos discutir o orçamento de Mato Grosso em 2021”, pontuou o secretário.

Gallo ainda explicou o valor de leitos de UTIs que foram abertas no estado devido a pandemia e que fechar esses leitos após a passagem da doença é algo inimaginável. Por isso é importante pensar em despesas maiores que irão chegar em 2021 e principalmente porque no próximo ano não terá ajuda do governo federal.

“Um leito de UTI custa R$ 3 mil por dia. 10 leitos em uma cidade são R$ 900 mil por mês. Estão ingressando receitas que não se repetirão e ano que vem será um ano de recuperação. É inimaginário que após a pandemia o governo vai fechar leitos de UTI”, concluiu o secretário.

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