A Delegacia de Chapada dos Guimarães (a uma distância de 65 quilômetros de Cuiabá) iniciou uma operação de combate ao furto de energia em empreendimentos situados no Lago de Manso. Um dos pontos flagrados é a Marina Águas do Manso.
Foram vistoriados empreendimentos turísticos na MT-351 (estrada de Manso) e em uma das marinas do lago, a marina Águas do Manso. A inspeção em conjunto detectou cinco medidores de energia com adições em empreendimentos na região, o que resultou na descoberta de irregularidades. A perícia técnica do Estado esteve presente nas diligências nos locais fiscalizados.
De acordo com o delegado de Chapada dos Guimarães, Eugênio Rudy Jr., a investigação teve início após a denúncia de diversas irregularidades encontradas durante a leitura do consumo de energia em medidores instalados em empreendimentos localizados no Manso.
O furto de energia é um delito previsto no artigo 155 do Código Penal, que prevê uma sentença de até quatro anos de detenção e uma penalidade correspondente a toda energia que foi consumida e não remunerada. A falsificação do medidor é crime de estelionato.
A Energisa Mato Grosso informou que a energia furtada em 2023 seria suficiente para abastecer Juara, com uma população de 34,9 mil habitantes, por um período de 17 meses. O número de 68 GWH causou um prejuízo de R$ 20 milhões em impostos ao estado. As ações para combater o roubo de energia, conhecidos como gatos, foram desenvolvidas pela Energisa com a ajuda das forças de segurança de Mato Grosso.
Luciano Lima, o responsável pela área de prevenção de desperdícios da Energisa Mato Grosso, comunicou que a companhia tem monitorado e realizado inspeções no estado para regularizar os casos de desperdícios e frisou que as conexões clandestinas afetam a qualidade do sistema.
