O juiz permite que os celulares apreendidos nos casos dos homicídios de Peixoto de Azevedo sejam acessados e uma nova audiência será marcada

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

Primeira audiência do caso dos homicídios em Peixoto de Azevedo é suspensa para novas diligências

A primeira audiência de instrução do caso envolvendo os homicídios praticados pela fazendeira Inês Gemilaki e seu filho, o médico Bruno Gemilaki, foi realizada no último dia 2, mas não foi concluída. O caso, que tem como vítimas os idosos Rui Luiz Bogo, 81 anos, e Pilso Pereira Cruz, 69 anos, continua sob investigação. A audiência foi suspensa após a necessidade de ouvir uma das testemunhas. O juiz João Zibordi Lara, responsável pela sessão, determinou a redesignação da audiência para a realização de novas diligências.

Segundo o magistrado, foi homologada a desistência da oitiva de três testemunhas, e foi concedido um prazo de cinco dias para que o réu Éder Gonçalves Rodrigues, acusado de auxiliar na fuga de Inês e Bruno após os homicídios, atualize o endereço de uma testemunha de defesa. Além disso, o juiz determinou a inclusão nos autos dos laudos de necropsia das vítimas, o exame de corpo de delito do padre José Roberto Domingos, que também foi alvejado, e o acesso às mídias extraídas dos celulares apreendidos. Somente após essas diligências, a audiência será retomada.

O crime

O duplo homicídio ocorreu no dia 21 de abril deste ano, em Peixoto de Azevedo, quando Inês e Bruno, com a ajuda de Éder, invadiram uma residência em busca do garimpeiro Erneci Afonso Lavall, conhecido como Polaco. Durante a invasão, os idosos Pilso Pereira Cruz e Rui Luiz Bogo foram mortos. Lavall foi atingido, mas sobreviveu, assim como o padre José Roberto Domingos, que também foi alvejado.

Câmeras de segurança registraram a ação dos acusados. Bruno Gemilaki, portando uma espingarda calibre 12, acompanhou a mãe durante o crime.

Motivação e contexto

O conflito entre Inês e Polaco teve origem em uma disputa por valores referentes a um imóvel alugado. Inês havia alugado uma casa de Polaco e, após deixar o imóvel, foi cobrada por supostos danos à propriedade. A Justiça decidiu em favor de Inês, considerando as cobranças ilegais, mas Polaco continuou exigindo o pagamento. Ele teria, inclusive, contratado capangas para ameaçar a fazendeira e seu filho de morte, sequestro e estupro.

Na véspera do crime, em 20 de abril, homens enviados por Polaco foram até a casa de Inês para cobrar o valor. Mesmo com a decisão judicial a seu favor, as ameaças continuaram. Desesperada, Inês procurou a delegacia para relatar as ameaças, mas foi informada de que nada poderia ser feito no momento.

No dia do crime, Inês e Bruno decidiram agir após receberem novas ameaças. Eles foram até a casa de Erneci Lavall, onde cometeram os assassinatos durante o almoço das vítimas. O caso segue em investigação, e a Justiça busca esclarecer todas as circunstâncias envolvidas.

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto