Mãe de adolescente grávida assassinada em Cuiabá clama por Justiça: “O que fizeram com minha filha não se faz nem com um animal”.’.

0
11
Foto: Olhar Direto
ALMT
“O que fizeram com a minha filha não se faz nem com um animal”, lamenta Ana Paula Azevedo, mãe da adolescente Emelly Azevedo Sena, de 16 anos, que foi morta asfixiada e teve a barriga rasgada com um canivete por Nataly Hellen Martins Pereira, de 25, para forçar o parto. Visivelmente abalada e entre crises de choro, Ana Paula pediu Justiça para a filha durante velório realizado na manhã desta sexta-feira (14), na Capela Jardins, em Cuiabá. “Fizeram muita crueldade com minha filha, uma menina que era cheia de sonhos, queria ter só uma família, acreditou em pessoas que não posso nem chamar de humanos”. A mãe de Emelly explicou que a filha já estava conversando com Nataly desde domingo (9), quando marcaram um encontro na casa da suspeita para que a adolescente pegasse roupas de bebê que estariam sendo doadas pela suspeita. As doações foram usadas para atrair a vítima até o local do crime, onde Emelly foi encontrada enterrada no quintal. “Ela falou para mim: Mãe, tem uma mulher no Instagram, ela é bombeiro civil, o marido dela é chefe de cozinha, ela tem dois filhos meninos e está grávida de uma menina, ela ganhou muitas roupas e ela quer doar, marquei com ela para ir lá buscar. Ela falou que ia pagar o uber para ela ir e ia trazer Emelly para casa com as roupas. Ela me falou isso no domingo, ela mora comigo, tinha a casa dela”. Na terça-feira (11), antes do desaparecimento de Emelly, Ana Paula tentou entrar em contato com a filha por Whatsapp. Ela ligou duas vezes, mas as chamadas foram recusadas. “Depois chegou uma mensagem, era por volta de 12h23: Mãe, não posso atender, porque estou no uber. Já fiquei com meu coração apertado, porque não existe você estar no Uber e não poder falar, acredito que naquele momento, a Emelly já estava em poder deles”. A mãe refoça que não acredita que Nataly agiu sozinha. Nessa quinta-feira (13), quando o corpo da adolescente foi encontrado, o marido da suspeita e outros dois homens também foram presos. No entanto, após Nataly confessar o crime e afirmar que agiu sozinha, o trio foi liberado. “Não tinha como ela agir sozinha, os danos que eles fizeram no corpo da minha filha, ela não conseguiria, ela teve ajuda. Não gosto nem de falar, isso me dói como mãe e ser humano, não desejo nem para o meu pior inimigo o que eles fizeram com a minha filha”. Adolescente estava feliz com a gestação Ana Paula conta que apesar da gravidez de Emelly ter sido durante a adolescência, a filha estava feliz com a chegada da primeira filha, que seria batizada como Lyara. “Ela teve dois chás de bebê, um feito pela nossa família e outro pela família do marido”. A felicidade que a adolescente sentia com a gestação também foi confirmada por outros familiares. Uma das tias explicou que Emelly costumava ligar com frequência para a avó para contar sobre cada item novo que comprava para o festival. “Estava tudo pronto para a chegada da bebê”, lamenta a parente. O velório da adolescente aconteceu sobre forte começão dos familiares, que levaram cartazes com pedidos de Justiça. O corpo deixa a Capela Jardins às 13h30 e o enterro será realizado no Cemitério Parque Bom Jesus.
FONTE- Olhar direto