Avó que perdeu guarda de bebês gêmeos tem outros dois netos levados pela Justiça

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

Olhar Direto

Após perder a guarda dos dois bebês gêmeos, de dois meses, a avó Rosalina Ferreira do Prado, de 56 anos, também perdeu a guarda de seus outros dois netos, um menino de três anos e uma menina de dois anos, nesta segunda-feira (21). A decisão foi dada pelo juiz da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude da Comarca de Cuiabá, Jorge Alexandre Martins Ferreira.

No dia 26 de julho, a determinação da juíza da 1ª Vara, Gleide Bispo, que atendia o pedido do promotor de Infância e Juventude de Cuiabá, José Antônio Borges, autorizou a retirada dos gêmeos da casa da avó e os acolheu em uma casa lar. A alegação é de que a casa da avó não seria um ambiente seguro para as crianças. Ferreira estendeu a determinação da juíza da 1ª Vara para os outros dois netos de Rosalina.

A Polícia Militar foi até a creche onde estudam as crianças e as levaram para uma Casa Abrigo. A reportagem do Olhar Direto entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso e com o Ministério Público Estadual, mas a informação é de que o processo corre em segredo de justiça.

Depois de perder a guarda dos bebês gêmeos, ela recebeu apoio de vizinhos e de instituições e começava a organizar sua casa. Rosalina sobrevive com auxílio do Bolsa Família, no valor de R$ 300, e também com doações. Em um vídeo que circula na internet, ela faz um apelo, emocionada, ao juiz para que tenha de volta a guarda dos netos. “Eu preciso deles pra viver, e vocês querem me matar? Tirando meus quatro netos de mim? Traz meus quatro netos pra mim juiz”, disse a avó.

O caso

No último dia 26 de julho, Rosalina perdeu a guarda dos dois netos gêmeos, de dois meses. Ela cuidava dos quatro netos sozinha, já que a mãe das crianças, de 24 anos, filha de dona Rosalina, é usuária de drogas desde os 12 anos, e por causa do uso contínuo de drogas, desenvolveu esquizofrenia. Por causa do comportamento agressivo da filha, a avó das crianças pediu que a polícia a retirasse de casa.

O MPE alegou que a avó seria acumuladora de lixo, que as crianças tinham várias marcas de picada de mosquito, e que os bebês, muitas vezes, eram cuidados pelos vizinho e não pela avó. Por causa disso, o promotor disse que a casa de Rosalina não seria um ambiente seguro para os bebês.

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