Bebê jogado em poço pelos pais teria sido vítima de maus-tratos com 28 dias de vida; veja fotos

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

Novas fotos obtidas mostram que a bebê de seis meses jogado em um poço, era vítima de maus-tratos desde os primeiros dias de vida. O casal, Thiago Silva Lacerda e Raquel Araújo Dias, acusado de matar a criança em Tabaporã (674 quilômetros de Cuiabá), confessou a ocultação de cadáver. Os dois foram presos em Jataí (GO), no último dia 9, e indicaram o local onde estava o corpo, que foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros.

A primeira agressão, segundo informações do G1/MT, teria acontecido quando a criança ainda tinha 28 dias de vida. Uma foto mostra alguns ferimentos no pé. A menina chegou a morar em um abrigo da cidade quando tinha três meses de vida. Mas os pais conseguiram reaver a aguarda na Justiça. Contudo, o Conselho Tutelar teria afirmado que fazia visitas periódicas na casa da família.

Fotos mostram maus-tratos sofrido por bebê de seis meses que foi jogado em um córrego em Tabaporã (MT) — Foto: Arquivo pessoal

Autuado em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver, o casal responderá em inquérito policial por homicídio qualificado.

Em entrevista ao Olhar Direto, o delegado Agnaldo Coelho, de Jataí (GO), onde foi realizada a prisão, destacou que o pai contou em depoimento que ministrou um medicamento para a criança, que passou mal. Sem saber o que fazer, o homem então teria ocultado o corpo da bebê de seis meses.

Em seu depoimento, Raquel disse que não estava em casa quando a menina morreu e que, quando chegou, a criança já havia sido jogada no poço. Porém, Thiago divergiu desta versão e disse que os dois tomaram a decisão de ocultar o corpo da menor.

A localização do corpo aconteceu após informações passadas pelos próprios pais que foram detidos na cidade de Jataí, no estado de Goiás.

Com base nas informações, a equipe da Polícia Civil de Tabaporã com apoio da Corpo de Bombeiros de Sinop, encontrou o corpo ocultado no fundo de um poço, próximo ao município. Devido ao fato de o poço estar cheio de água, foram encontradas apenas partes do corpo da criança e as buscas continuam em andamento.

“Quero ressaltar que todo trabalho investigativo, que levou a prisão dos dois investigados foi feito pela Polícia Civil de Tabaporã. Nosso trabalho foi de apoio e se resumiu a efetuar a prisão depois de todo levantamento feito pela equipe do delegado Albertino Felix de Brito Junior. O mérito é todo da Polícia Civil de Mato Grosso”, finalizou Agnaldo Coelho.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o poço tem cinco metros de profundidade. Durante as buscas ainda na noite de quinta-feira, foi possível localizar fragmentos do corpo da criança.

O caso

Conforme testemunhas, o casal foi visto em três situações, sendo a primeira delas nas proximidades do córrego, com o carrinho de bebê (não sendo constatado se a criança estava nele).

Logo em seguida, o casal foi visto sozinho sem a criança e sem o carrinho e mais tarde, pedindo carona a terceiros, apenas com mochilas e também sem o bebê. Desde então o casal não foi mais visto na cidade. A casa que eles moravam estava abandonada só com os móveis e alguns pertences pessoais deles e da criança.

As investigações iniciaram na quarta-feira (08), após denúncia feita ao Conselho Tutelar, relatando que o pai da criança disse que teve que sair às pressas da cidade e pediu para que fosse colocado fogo nas coisas do bebê. O carrinho da criança foi encontrado às margens do rio.

Segundo a Polícia Civil, há aproximadamente quatro meses o casal já havia sido denunciado por maus tratos contra a criança, que ficou na Casa de Passagem durante certo período, até que a guarda foi restituída aos pais.

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