Em apenas um ano, o governo aplicou mais de R$ 1,1 bilhão em multas por crimes ambientais

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Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT
ALMT TRANSPARENCIA

Governo do Estado aplica R$ 1,1 bilhão em multas por crimes ambientais em 2024

O Governo do Estado de Mato Grosso já aplicou R$ 1,1 bilhão em multas por crimes ambientais ao longo de 2024. As ações foram realizadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) em conjunto com a Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros Militar (CBM).

Esses dados foram apresentados na última semana durante uma reunião do Comitê Estratégico para o Combate ao Desmatamento Ilegal, Exploração Florestal Ilegal e Incêndios Florestais (CEDIF-MT). O encontro destacou as ações do governo no fortalecimento do combate ao desmatamento ilegal e às queimadas.

Além das multas, as forças de segurança realizaram 230 operações, embargaram 205 mil hectares, atenderam 2.920 alertas e emitiram 3.236 autos de infração. Durante as operações, foram apreendidos 95 tratores, 4 retroescavadeiras, 58 motosserras, 67 esteiras, 17 escavadeiras, 57 caminhões, 20 motocicletas, 18 dragas ou balsas, 103 motobombas e 14,75 mil m³ de madeira.

Essas ações fazem parte do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e Incêndios Florestais (PPCDIF/MT), elaborado anualmente para integrar estratégias de prevenção, combate e responsabilização por infrações ambientais.

O secretário Executivo de Meio Ambiente, Alex Marega, destacou que a colaboração entre a Sema e as forças de segurança resultou em uma redução de 51% nos alertas de desmatamento a corte raso na Amazônia mato-grossense, de agosto de 2023 a julho de 2024. Em comparação com a média histórica dos últimos oito anos, a queda foi de 40%, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Para enfrentar o desmatamento e os incêndios florestais em 2024, Marega mencionou a formação de 1.500 brigadistas, a capacitação de militares e a contratação de viaturas e aeronaves.

Conscientização e responsabilidade

A comandante do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), tenente-coronel Pryscilla de Souza, enfatizou a importância da conscientização da população para evitar a prática criminosa de atear fogo na vegetação, especialmente diante do cenário de seca severa e crise hídrica. Ela destacou que o BEA está preparado para atender as ocorrências, mas é essencial que a população colabore.

O procurador de Justiça, Gerson Barbosa, reforçou que o Estado tem adotado medidas cada vez mais rígidas contra crimes ambientais e sublinhou a importância das campanhas de conscientização e denúncia.

O delegado titular da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), Pablo Carneiro, ressaltou a importância de uma apuração rigorosa dos crimes ambientais, especialmente os relacionados a incêndios florestais, e a necessidade de divulgar amplamente as responsabilidades para dissuadir novos crimes.

A delegada Alessandra Saturnino, também da Dema, acrescentou que a perspectiva de restrição de liberdade e as penalizações financeiras são estratégias essenciais para inibir práticas como queimadas.

(Com informações da assessoria)

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto