Silval evita falar sobre suposto pagamento de propina a conselheiros do TCE

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Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto
CAMARA VG

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O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) se absteve de comentar sobre o pagamento de propina para conselheiros do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) nesta quarta-feira (19). Ele foi questionado sobre o assunto pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane de Arruda, durante reinterrogatório no âmbito da Operação Seven. A investigação é sobre a desapropriação de imóvel rural de 727 hectares localizado na região do Lago de Manso, mas que já pertencia ao Estado, por ter sido incorporada ao Parque Estadual Águas do Rio Cuiabá, em 2002. O ex-governador nega que a duplicidade de desapropriação da área.

Com o conhecimento de Silval Barbosa e por iniciativa de Pedro Nadaf, a área foi adquirida novamente por R$ 7 milhões na gestão de Silval, segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MPE). “A informação que tem é que não é a mesma área A discussão é das matriculas 1063 e 1062. Essa discussão que eu saiba já está definida e pacificada até no Ministério Público”, disse Silval.

A área rural pertenceu ao médico Filinto Muller, cunhado do procurador aposentado Francisco de Andrade Lima Filho (Chico Lima). Foi convidado a participara da negociata o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto. Os 4 se reuniram na Casa Civil para tratar da desapropriação.

Segundo o ex-governador de Mato Grosso, a desapropriação de R$ 7 milhões reverteria em R$ 1,5 milhão à quadrilha. Para garantir o pagamento dos R$ 7 milhões, efetuados em 3 parcelas e sendo a última em novembro de 2014, Silval determinou ao ex-secretário de Planejamento, Arnaldo Alves o remanejamento de recursos, que desconhecia o propósito do pedido. Ele explica que para remanejar até 20% do orçamento é dispensável a autorização em lei.

Contradições

Parte das declarações de Silval contrapõe as de Nadaf, de que o “lucro” com a desapropriação era de R$ 3,5 milhões. Já o médico Filinto Muller mencionou R$ 2,5 milhões em propina. Nadaf chegou a afirmar ao Gaeco que R$ 1,5 milhão seria repassado aos conselheiros do TCE com o objetivo de garantir aprovação das contas do governo. Conforme Nadaf, 5 dos 7 conselheiros receberam R$ 50 milhões entre 2010 a 2014. 

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