Declarações de Botelho são analisadas com prudência e governo trabalha por entendimento, afirma chefe da Casa Civil

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Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto
CAMARA VG

Olhar Direto

O secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho, avaliou  como injustas as declarações do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), que taxou como “incompetente” e “inerte” a equipe do Governo devido a demora para enviar projetos de relevo para Casa de Leis, como o Teto de Gastos, Reforma Tributária e Reforma Administrativa. Contudo, em um tom conciliador, ele disse entender a irritação do deputado estadual.

“Compreendo a irritação do presidente, mas acho que ele taxar como inércia e incompetência foi uma injustiça”, afirmou o chefe da Casa Civil ao Olhar Direto nesta quinta-feira, 3. Responsável pela interlocução entre Governo do Estado e os outros Poderes, além de comandar as negociações de projetos que envolvem vários setores da sociedade, José Adolfo pontua a dificuldade de chegar a um acordo com todos o envolvidos nessas reformas.

“A intenção do Governo é trazer o entendimento ou o mais próximo de um entendimento possível entre os Poderes e entre os seguimentos envolvidos em todas essas reformas”, assegurou ao Olhar Direto.

Anunciado desde 2016, o Teto de Gasto sofre resistência, principalmente, no Tribunal de Contas e do Tribunal de Justiça, mas na Assembleia Legislativa também não é unanimidade. Entre os servidores públicos o temor é que a PEC cause o congelamento das progressões salariais e dificulte ainda mais o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA).

O Teto ainda passa por discussões da equipe do governador Pedro Taques (PSDB) junto às outras instituições envolvidas. Com a aprovação da PEC, Mato Grosso deve conseguir autorização da Secretaria do Tesouro Nacional para renegociar a dívida com a União, podendo suspender o pagamento por pelo menos dois anos. A expectativa é que o Governo economize R$ 1 bilhão nesse período, dinheiro a ser revertido totalmente para novos investimentos.

A demora para  o texto chegar na AL, após ser várias vezes anunciado como “em breve”, causou irritação a  Eduardo Botelho, que ainda lembrou outros projetos que estão atrasados.

“Eu não falo mais nada. A lentidão do Governo está muito grande, não dá mais para falar nada. Então eu não falo mais nada. Essa reforma tributária era para dezembro e não vai até hoje. Já estamos no segundo semestre e não veio. Essa PEC era para vir em dezembro e não veio, a reforma administrativa… Em resumo, não veio nada e não saiu nada. A inércia do governo é tão grande que não dá para falar nada”, disse Eduardo Botelho. (Colaborou Ronaldo Pacheco)

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