Botelho diz que é hora de “levantar a cabeça” e voltar ao trabalho

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Alair Ribeiro/MidiaNews
CAMARA VG

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O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), disse ter conversado com os outros 23 colegas parlamentares – em especial, os 15 citados na delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) – para pedir que “levantem a cabeça” e voltem a trabalhar.

Desde o levantamento de sigilo da delação, a Assembleia vem "sofrendo" para realizar votações de projetos importante, por conta da ausência dos parlamentares.

Os deputados da atual legislatura, José Domingos Fraga (PSD), Baiano Filho (PSDB), Gilmar Fabris (PSD) e Wagner Ramos (PSD), foram flagrados em vídeos negociando ou recebendo o que seria uma propina. Todos os citados negam as acusações.

“Eu estou, agora, conclamando os deputados para vir trabalhar. Temos uma missão e temos que colocar o Estado em ordem. A economia está começando a melhorar no Estado, está havendo mais emprego, e temos que continuar nesse caminho”, afirmou Botelho – que também é citado por Silval -, na tarde de quarta-feira (6).

“Preciso que os deputados venham trabalhar, levantem a cabeça, para fazermos o que a sociedade nos deu de trabalho, que é legislar. Então, estou conclamando os deputados para votarmos todos os projetos importantes com serenidade”, disse.

Entre as medidas travadas por conta da falta de quórum está a Proposta de Emendas Constitucional (PEC) do Teto de Gastos, que limita os gastos públicos de Mato Grosso pelos próximos de zanos.

“Temos a PEC do Teto para discutir, a reforma tributária, a lei orçamentária do próximo ano e eu preciso que os deputados venham trabalhar. O prazo máximo do Teto é 30 de novembro. Estamos cumprindo este prazo. Vou divulgar uma comissão que vai discutir isso. E vamos dar esse andamento para votarmos no tempo hábil”, afirmou.

 

Depressão

Segundo Botelho, alguns dos citados na delação estariam “depressivos”.

Na última semana, o deputado Zé Domingos chegou a declarar que chorou ao se ver no vídeo em que aparece pegando dinheiro, com o colega Ezequiel Fonseca, no gabinete de Sílvio Correa, então assessor de Silval.

O parlamentar negou que o dinheiro fosse oriundo de propina.

“Conversei com todos os deputados. Estou chamando-os para trabalhar. Alguns estavam muito depressivos, mas estou dizendo a eles que venham para trabalhar. Não sei se vão se pronunciar. Cada um toma a sua decisão. Se fala ou não, é uma decisão pessoal de cada um”, disse.

 

Comissão de Ética

Botelho disse ter estudado o regimento da Casa e chegado à conclusão de que precisa esperar o desenrolar dos fatos para tomar qualquer atitude contra os acusados.

“Só cabe à presidência tomar alguma posição quando chegar algo de concreto dentro da Casa. Chegando isso, aí, sim, o presidente decide se arquiva ou se encaminha para o Conselho de Ética”, afirmou.

“Lá no conselho, eles têm toda autonomia e regimento próprio para tocar isso. Afastar suspeitos, substituir membros suspeitos e colocar outros, fazer diligência e depois dá o parecer. Ou arquiva ou dá continuidade no processo. Se ele der continuidade, vai para CCJ, para analisar se está dentro da lei, e depois vai para plenário para votação final”, completou.

 

 

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