Gaeco vê acusações contra promotor e Selma como ato para fortalecer crime organizado

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Reprodução
CAMARA VG

Olhar Direto

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), vinculado ao Ministério Público de Mato Grosso, não enxerga fundamentos verídicos na acusação feita pelo cabo PM Gerson Corrêa Júnior contra a juíza Selma Arruda e o promotor de Justiça Marco Aurélio Castro. Segundo o órgão, as acusações no caso dos grampos tentam fortalecer o crime organizado.

Gerson, preso acusado de participar do esquema de interceptações, incriminou Selma e o promotor de terem inventado um suposto atentado contra a magistrada para grampear o ex-governador Silval Barbosa e o ex-presidente da Assembleia Legislativa José Riva.
 
Rebatendo a acusação, em nota divulgada nesta quarta-feira (18), o Gaeco salienta ainda ter “estranhado” o fato do militar prestar depoimento após todos os autos serem enviados ao Superior Tribunal de Justiça.
 
Documentos seguiram a Brasília após o ministro Mauro Campbell atender pedido do governador Pedro Taques, também citado no caso.
 
Selma e Marco Aurélio
 
Trecho de um documento encaminhado ao desembargador Orlando Perri, antigo relator do caso no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, aponta que o cabo da PM revelou a irregularidade ocorrida, segundo ele, com anuência de Marco Aurélio.

O membro de MPE teria determinado que Gerson criasse uma história como cobertura para dar início à interceptação de pessoas suspeitas de tramarem a morte de Selma Arruda.
 
Os suspeitos no atentado seriam o ex-governador Silval Barbosa e ex-deputado José Riva.
 
A nota do Gaeco
 
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) informou, por meio da Assessoria de Imprensa, que não conhece o teor do depoimento prestado pelo cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Correia Júnior no último dia 16, mas que repudia qualquer tentativa de envolvimento de Promotores de Justiça que integram ou integraram o Grupo no “escândalo dos grampos”.
 
Destacou que, em respeito à decisão do Ministro  Mauro Campbell Marques, proferida no dia 11/10 e amplamente divulgada, avocando as investigações para Superior Tribunal de Justiça, se limita a afirmar que o procedimento adotado quanto à proteção da integridade física e da vida da magistrada Selma Rosane Santos Arruda, uma das protagonistas no enfrentamento à criminalidade organizada deste Estado, fora cumprido com total respeito à lei.
 
Ressaltou, também, ter “estranhado” o fato do Militar ter prestado depoimento após a decisão do STJ, requisitando toda a investigação. Por fim, enfatizou que o Gaeco sempre atuou pautado na legalidade e que tem importantes serviços prestados à sociedade e que ataques dessa natureza contra integrantes do Ministério Público e do Poder Judiciário apenas fortalecem o crime organizado.

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