Governo nega dívida e explica relação do Estado com hospitais filantrópicos

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Reprodução
CAMARA VG

“Ao governo não cabe dar desculpas, mas resolver problemas. E isso estamos fazendo diuturnamente”, frisou o governador Pedro Taques enquanto relatava sobre a relação do Estado com os cinco hospitais filantrópicos de Mato Grosso: Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá e de Rondonópolis e os hospitais Santa Helena, Geral e de Câncer de Mato Grosso. O assunto foi abordado durante uma visita à obra da Escola Técnica Estadual de Cuiabá, ocorrida nesta terça-feira (16.01).  

Segundo o governador, existem três pontos dessa relação e em todas elas o governo está em dia. Na primeira delas, o Governo Federal montou as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos hospitais filantrópicos onde ela, a União, paga um terço do custo de uso e o Estado de Mato Grosso, dois terços dessas despesas. “Percebam que uma diária da UTI é de R$ 1.400. A União paga 1/3 e o Estado 2/3, que está em dia. A média que a União permite para pagamento é de 60 dias e nós estamos há 15 dias para pagar, portanto aqui está completamente organizado”, frisou o governador Pedro Taques.

Outro fato apontado pelo governador é de que o Estado de Mato Grosso nunca havia desembolsado dinheiro para os hospitais filantrópicos. E na atual gestão, nos três anos de administração, o governo do Estado já repassou R$ 22 milhões para os hospitais filantrópicos.

“Fizemos um acordo, R$ 2,5 milhões durante três meses e está tudo saldado, já passamos. Não estamos devendo isso”, afirmou o governador referindo-se ainda, ao apoio do presidente da Assembleia Legislativa nessa ação.

E por último, ainda em termos de relação entre Estado e hospitais filantrópicos, o governador lembrou que Mato Grosso tem um teto de média e alta complexidade, que a União deposita R$ 55 milhões para o Estado. Mas para Cuiabá, como é gestão plena, são depositados R$ 22 milhões desse total. E com esse valor Cuiabá paga os hospitais filantrópicos. O município de Rondonópolis também fica responsável pelo pagamento aos filantrópicos.

“Portanto, não estamos devendo os hospitais filantrópicos. Agora, nós temos um problema que é preciso ser resolvido. E nós estamos buscando meios para resolver estes problemas junto com a bancada federal”, pontuou o governador.

Nesse caso, diz respeito à emenda parlamentar no valor de R$ 100 milhões que ainda não saiu. Mas o governador disse que vai a Brasília ainda esta semana para tratar de recursos para a saúde pública de Mato Grosso. E que busca cortar gastos para que tenha mais dinheiro para investir na área da saúde no Estado.

Escassez de investimentos

O problema apontado para que a saúde esteja nessa situação é a histórica falta de investimentos no setor. “Nós temos esse problema na saúde pública porque não se investiram em hospitais, não construíram hospitais, além da atenção básica e atenção primária que é primordial. Por isso que o Estado de Mato Grosso está construindo um hospital com 315 leitos perto do Centro de Eventos do Pantanal, que está quase com 90% da obra concluída. Faltam os equipamentos. Assim nós vamos diminuir um pouco esse problema”, concluiu o governador.

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