‘Não podemos ir ao 2º turno da insensatez’, diz Alckmin a rádio de SP

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CAMARA VG

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira (26) que tem "alertado a população que não podemos ir ao 2º turno da insensatez". Segundo ele, a situação do Brasil não é simples e "precisamos buscar um caminho que não seja no extremo". A declaração foi dada à Rádio Ipanema, de Sorocaba (SP), no início da manhã.

Na entrevista, Alckmin falou sobre a possibilidade de grandes viradas nos últimos 10 dias de campanha. "Eleitor vai amadurecendo e fixa o voto mais pro final."

A última pesquisa eleitoral do Ibope, divulgada na terça-feira (26), mostrou Alckmin com 8% das intenções de votos, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), que tem 27%, Fernando Haddad (PT), com 21%, e Ciro Gomes, com 12%. O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é de 2 pontos, para mais ou para menos.

Também nesta manhã, Alckmin falou à Rádio Metrópole, de Salvador. Ele disse que começou a campanha "lá embaixo", porque até abril estava dedicado ao governo de São Paulo.

"Mas acho que essa decisão é agora no final. Todos os partidos estão fragilizados, inclusive o meu. A autocrítica é muito importante. Gostei da autocrítica do Tasso [Jereissati]. A autocrítica é necessária, e a reforma política é inadiável. A política brasileira faliu. O modelo está exaurido. Defendo menos partidos políticos, voto facultativo, voto distrital misto e defendo a reforma política como defendo a reforma tributária, reforma previdenciária para combater privilégios."

Há duas semanas, o ex-presidente do PSDB Tasso Jereissati disse ao jornal "O Estado de S. Paulo" que o "grande erro" do partido foi "ter entrado no governo Temer". O tucano também criticou o fato de o PSDB ter questionado os resultados eleitorais de 2014 e ter votado contra princípios básicos do partido, sobretudo economia, "só para ser contra o PT".

Alckmin afirmou à Rádio Metrópole que teria condições de pacificar o país. "Estamos vivendo uma bipolarização equivocada, porque quem não gosta do PT, que tem medo do partido, e com razão, porque 13 milhões de desempregados não foi obra do acaso, além dos escândalos, olha a pesquisa e corre para o Bolsonaro. De outro lado, temos um candidato a presidente da República que disse que não entende de nada e diz que o posto Ipiranga dele é uma banqueiro, que quer diminuir imposto para os ricos e aumentar para os pobres, sem contar que querem tirar o 13º. Precisamos evitar a insensatez. Todas as vezes que o Brasil fez discurso conciliatório, a democracia se consolidou, a economia melhorou, o país cresceu e os avanços sociais foram maiores."

13º salário

 

O presidenciável também, na rádio comentou a polêmica envolvendo declaração do candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão, sobre o 13º salário. Em palestra nesta quarta (26) na Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruguaiana (RS), o general discursou contra fatores que, segundo ele, encarecem a contratação de mão de obra. Nessa fala, ele chamou o 13º de "jabuticaba". No fim da tarde, divulgou nota na qual disse que teve a declaração intepretada de forma "equivocada" e de forma "descontextualizada".

Bolsonaro, por sua vez, disse nesta quinta-feira (27) em sua página no Twitter que só critica o 13º salário quem desconhece a Constituição. Ele ainda classificou a crítica como uma "ofensa" a quem trabalha.

Para Alckmin, a declaração de Mourão "mostra bem o despreparo". "Como pode o Brasil, um país desigual e injusto propor isso. Quando analisamos, não tem nada a ver com direitos dos trabalhadores.”

O candidato do PSDB falou ainda sobre medidas para melhorar a economia, como reforma bancária, privatizações e redução de ministérios. “E aí vamos investir em infraestrutura e políticas públicas.”

 

Emprego

Em outra entrevista concedida nesta manhã, à Rádio Comercial, de Presidente Prudente, Alckmin falou sobre as propostas para reduzir o desemprego.

"Precisamos investir. Trazer de volta investimento privado para o Brasil. Precisamos recuperar a confiança, fazer a reforma tributária, reduzir imposto. O setor produtivo, no mundo inteiro, é o que faz mais investimentos e precisamos cortar gastos. Em São Paulo, não aumentamos um imposto, mantivemos as contas em dia, mesmo numa recessão de quatro anos. Caiu 8% o PIB brasileiro. Mantivemos tudo em dia, reduzimos o endividamento, investimos, ampliando a saúde", afirmou o candidato.

 

Fonte: G1 Globo

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