Governador ouve demandas e adia proposta de reforma da previdência até metade de dezembro

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Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

O governador Mauro Mendes (DEM) recebeu representantes do Fórum Sindical nesta segunda-feira (25), no Palácio Paiguás, em Cuiabá e ouviu as demandas feitas pelos servidores no que toca a Reforma da Previdência de Mato Grosso, que estará alinhada com o texto elaborado pelo ministro Paulo Guedes e que está sob análise do Congresso. Um prazo de 15 dias foi dado para que as ideias sejam estudadas, o que deverá atrasar o encaminhamento da proposta para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), que deverá ocorrer até metade de dezembro.

Segundo o secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho, a reunião foi solicitada pelo Fórum Sindical na semana passada. O objetivo do encontro nesta segunda-feira foi, conforme ele, explicar tudo o que está acontecendo dentro de Mato Grosso e também ouvir as demandas dos servidores.

“Dentro desta reunião, o governador abriu a possibilidade de 15 dias para que estudassem isto. Teremos outros encontros durante este período, colocaremos tudo o que está acontecendo, o Fórum mandará suas sugestões e debateremos isto. Em função deste prazo, não será possível encaminhar a proposta este mês”, disse o secretário.

Mauro Carvalho estima que a reforma mato-grossense deverá ser encaminhada à Casa de Leis até o dia 15 de dezembro. Antes, o governador Mauro Mendes pretende fazer uma reunião com todos os deputados.

“Desde 1º de janeiro o governo esteve aberto para ouvir as demandas. Mauro se reuniu com todos os setores, tem uma agenda aberta. Todos os segmentos da sociedade foram atendidos”, finalizou o chefe da Casa Civil de Mato Grosso.

Recentemente, o governador havia citado um prejuízo mensal de R$ 115 milhões, além de servidores se aposentando com salários integrais aos 45 anos de idade. Um levantamento feito pelo MT Prev no início do ano apontou que o déficit previdenciário do Estado pelos próximos 35 anos é de R$ 57 bilhões. O valor corresponde a parte da projeção atuarial da previdência de todos os Poderes.

“A Reforma da Previdência é importante. Não pode um país, só este ano, dar R$ 300 bilhões de déficit só neste quesito. O governo tinha R$ 30 bilhões para investir em todo país. Isso precisa mudar. Fizeram a reforma e deixaram o município e os Estados de fora. Isso é uma sandice, uma irresponsabilidade para o país”, disse o governador.

Se as regras continuarem as mesmas, a expectativa é que em 2023 Mato Grosso terá mais servidores inativos do que ativos. O déficit financeiro acumulado, até 2029, seria de R$ 31.179.436.

Por isso, o governo defende a reforma da previdência em Mato Grosso, com adesão integral à PEC 06/2019, que modifica o sistema de previdência social, estabelece regras de transição e disposições transitórias, e dá outras providências.

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