Fonte: Olhar Direto
O estado de Mato Grosso está com o Índice de Infestação Predial (IIP) do Aedes aegypti em alerta. De acordo com o último boletim epidemiológico “Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 49 de 2019”, publicado em dezembro pelo Ministério da Saúde, o IIP do estado é de 1,8. No total, ao longo de 2019, foram registrados 9.645 casos prováveis da dengue e três mortes.
O IIP mede o número de imóveis com a presença de Aedes aegypti. O índice classifica como satisfatória taxas menores que 1, como é o caso de estados como Minas Gerais, São Paulo, Goiás e outros. Já os índices em alerta são aqueles que 1 e 3,99, como é o caso de Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro e outros estados. Acima de 4, o índice é classificado como risco: somente o Acre foi classificado desta forma.
No Brasil, 5.092 municípios foram analisados, nos quais 3.035 obtiveram um índice satisfatório. Em alerta, foram classificadas 1.721 cidades. Já em risco, são 336 municípios.
O boletim epidemiológico também destaca que Mato Grosso está entre as 438 Regiões da Saúde com taxa de incidência maior de 100 casos por 100 mil habitantes. Somente 26 regiões ultrapassaram o número e o estado registrou 276,8 casos por 100 mil habitantes, segundo Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), presente no boletim..
O Centro-Oeste, composto por Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, é a segunda região onde há um maior número de casos suspeitos de dengue: 214.839 ocorrências e 157 mortes. A região perde apenas para o Sudeste, composta por Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que registrou 1.021.025 suspeitas e 463 mortes. O estado brasileiro com o maior número de casos é São Paulo, com 442.235.
Em Mato Grosso, foram apenas três mortes registradas. No final de dezembro, uma criança de 8 anos morreu de dengue hemorrágica em Sinop (a 478 km de Cuiabá). O caso aconteceu no final de dezembro e foi confirmado ao Olhar Direto pela assessoria da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Há um outro caso com morte que está sob investigação pela Pasta.
Até o final de dezembro, de acordo com a Prefeitura, foram registradas 3.074 notificações da doença, das quais 722 casos foram confirmados. Por este motivo, uma série de medidas estão sendo adotadas para combater a dengue no município.
A força-tarefa fluiu para a criação de uma sala de situação de monitoramento emergencial de controle e combate ao mosquito, anexo ao Centro de Endemias e será coordenado por um biólogo cedido pelo Ministério da Saúde ao município. Para somar nos serviços haverá uma integração dos Agentes de Combate às Endemias com os Agentes Comunitários de Saúde.