Fonte: Olhar Direto
O laudo pericial da cena da morte da adolescente Isabele Guimarães Ramos, 14 anos no condomínio Alphaville, feito por peritos da Politec de Mato Grosso, e que o Olhar Direto teve acesso nesta quarta-feira (12), confirma que o case da arma estava com a alça de transporte quebrada.
O perito não informa se o defeito teria sido causado por uma queda. Em depoimento, o namorado da adolescente que teria disparado contra Isabele disse que o case estaria fechado e a arma sem bala na agulha.
Na casa de Marcelo Cestari, no condomínio Alphaville, há exatos 30 dias, os policiais e a perícia técnica encontraram seis armas. Sendo quatro da família e duas que seriam do pai do namorado da filha de Cestari, que pediu para que a arma fosse guardada por lá para que não houvesse nenhum tipo de problema entre seu filho e a polícia, caso ele fosse parado pelas ruas de Cuiabá.
“Na suíte posterior do segundo piso, quarto do proprietário da residência, foram encontradas quatro estojos para armazenamento de arma de fogo, conhecidos como case pistols. Todos os estojos acondicionavam armas em seu interior no momento do exame. Três encontravam-se empilhados de forma alinhada no guarda-roupas da lateral direita em desalinho com relação aos demais elementos guarda-roupas”, escreveu o perito que esteve na casa.
As armas são: pistola Tanfóglio, pistola CZ e dois revolveres Smith & Wesson. As outras duas armas não pertenciam a família e de uma delas, a pistola 380, foi de onde partiu o tiro que matou Isabele.
“A arma encontrava-se com o cão retraído em sua totalidade para a parte posterior e havia uma munição alocada no interior da câmara. A trava de segurança lateral encontrava-se acionada”, explica o perito.
Em seguida o perito explica onde e como estava a caixa que guardava a arma que matou Isabele. “O estojo, do guarda-roupas posterior, era confeccionado em polímero de cor preta. Possuía alça para o transporte que se encontrava quebrada sua parte mediana. Internamente, era forrado por espuma também de cor preta apresentava formato composto por padrões de depressões e saliências. Havia duas (2) pistolas em seu interior, dentre as quais uma foi apontada como a arma utilizada no disparo que atingiu a vítima”, afirmou o perito.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. A perícia também comprova que o tiro não foi acidental e que a bala atingiu a face da menina, na parte esquerda da narina e transfixou a nuca da adolescente, que teria morrido na hora.