Para secretário, pedido de afastamento de Taques é interesse político: “se for assim, nenhum prefeito fica no cargo”

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ALMT TRANSPARENCIA

O secretário de Estado de Comunicação, Kleber Lima, rebateu as críticas feitas pelo presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga (PSD) e afirmou que um possível pedido de afastamento do governador Pedro Taques (PSDB) possui viés político, já de olho em uma possível candidatura. Além disto, acrescentou que se “atrasos em pagamentos por parte do poder publico gerar afastamento, dificilmente ficará um prefeito no cargo”.
 
“O Neurilan, a nosso ver, é um porta voz ilegítimo dos prefeitos de Mato Grosso. Embora presidente da AMM, nem prefeito ele é. Segundo, se atrasos em pagamentos por parte do poder publico gerar afastamento, dificilmente ficará um prefeito no cargo. Independente do atraso do governo, eles também têm as dificuldades deles. Usar isso para pedir afastamento é fazer a politica do ‘quanto pior, melhor’. É colocar interesses políticos acima do interesse da população”, disse o secretário ao Olhar Direto.
 
Kleber Lima reconheceu a dívida do Estado com os municípios, fornecedores e hospitais, mas voltou a afirmar que tudo isto se deve a grave crise financeira que atinge o país: “Não é por opção que os repasses estão atrasados. Todo mundo sabe a crise pela qual estamos passando. Se fosse questão de escolha, nós iriamos escolher não dever ninguém”.
 
“Se a entidade dos prefeitos tiver compromisso de resolver os problemas, que venha aqui conversar. Ao que consta, ele [Neurilan] parece estar mais preocupado com uma possível candidatura dele do que com os interesses da população”, finalizou o secretário de Comunicação.
 
O caso
 
Os prefeitos dos municípios mato-grossenses se reúnem na próxima sexta-feira (10), na Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), para discutir um pedido de afastamento do governador Pedro Taques (PSDB), por conta do caos na saúde que se instalou no Estado. O presidente Neurilan Fraga (PSD) criticou a falta de repasses para as gestões municipais e hospitais filantrópicas e lembrou: “Vidas estão sendo ceifadas”. Além disto, pediu que o dinheiro gasto em outros setores que não precisam de urgência, sejam realocados para a Saúde.
 
Por conta do fato, os prefeitos se reúnem na próxima sexta-feira (10), na sede da AMM, para discutir “uma atitude mais dura, enérgica, no pedido de afastamento do governador. Se a decisão da maioria dos prefeitos for neste sentido, não tenho dúvida de fazer o pedido. Sabemos que ficará a cargo da Assembleia Legislativa (ALMT), mas a nossa parte vamos cumprir”.

Olhar Direto.

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