José Adolpho afirma que delação com suposta reunião secreta entre Taques e Silval é “mentira deslavada”

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Foto: Rogério Florentino Pereira/OD
CAMARA VG

Olhar Direto

O suposto encontro do governador José Pedro Taques (PSDB) com o então governador Silval Barbosa (PMDB), em casa do ex-prefeito Mauro Mendes (PSB), com a participação do ministro da Agricultura, senador Blairo Maggi (PP), na campanha eleitoral de 2014, é visto como a fantasia mais inusitada da história política de Mato Grosso. “Que me desculpem as autoridades, mas isso é uma mentira deslavada! Quem acredita que Pedro Taques, com uma eleição encaminhada para vitória [em 2014], faria uma reunão secreta com o senhor Silval para fazer pedidos desonestos?”, questinou o secetário José Adolpho Vieira, chefe da Casa Civil do Estado.
 
José Adolpho se mostrou indignado com o que considera como tentativa de algunas, na delação premia de Silval Barbosa à Procuradoria Geral da República, em  enlamear a imagem do atual chefe do Poder Executivo. “Quem conhece Pedro Taques e seu caráter, sabe perfeitamente que jamais se prestaria a uma situação desta natureza. É lamentável que uma mentira de tamanha envergadura seja seja divulgada como se fosse verdade cristalina”, observou o chee da Casa Civil, sobre o espaço dado pela mídia a uma informação de extrema gravidade sem qualquer prova.
 
O chefe da Casa Civil recordou que basta uma breve análise das pesquisas de opinião pública sobre tendência do eleitorado, divulgadas na época, para entender que as candidaturas dos principais concorrentes, o ex-vereador Lúdio Cabral (PT) e o deputado estadual José Riva (PSD), já capengavam desde o lançamento. Mesmo com a delação homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), José Adolpho avalia que parcela considerável do que é apontado por Silval não merece crédito ou no mínimo necessita de profunda investigação para a verdade vir à tona.
 
José Adolpho lamentou também o envolvimento dos nomes de Mauro Mendes e Blairo Maggi, a quem reputa como homens públicos de integradidade inquesionável, na delação premiada de Silval. “Dizer na delação que [Taques] foi orientado por Maggi e Mendes a procurar Silval para não investir na campanha de doutor Lúdio soa praticamente como um texto de stand up comedy. Pedro Taques não fez isso e é triste que haja uma abordagem tão tacanha e desrespeitosa ao chefe do Poder Executivo de Mato Grosso”, criticou ele, para a reportagem do Olhar Direto.
 
Outro questionamento de José Adolpho é sobre a delação de Silval Barbosa ser divulgada “em doses homeopáticas” por uma emissora de TV, sendo que reconhecidamente o processo corre em segredo de justiça e, em tese, não pode existir vazamento, sob quaisquer pretextos.  

“Até onde eu sei, segredo de justiça significa sigilo absoluto, no processo. Como é que nem o ministro de Estado [Blairo Maggi] consegue informação sobre o processo, no STF, e uma emissora consegue? Será que o sigilo foi quebrado e, em sendo assim, é crime; ou será que a tal emissora possui bola de cristal, para saber tudo com antecedência?”, ironizou o titular da Casa Civil.
 
Diante do que considera “autêntica fantasia de roteirista de filme trash”, José Adolpho Vieira entende que Podro Taques nem deve responder ao tema à imprensa, no momento, mas somente no foro adequado – STF – se for convocado. “O goverandor falar com base em quê? Em suposições? Com base em delação mentirosa e sem provas que uma emissora trata como verdade?”, complementou ele, ao convidar a sociedade mato-grossense para fazer uma reflexão sobre quem é Silval Barbosa e quem é Pedro Taques, com base na história de vida de cada um.

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