Após um ano do assassinato de italiano no interior de MT, três já foram presos

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Foto: Rogério Florentino Pereira/OD
CAMARA VG

Olhar Direto

O italiano Alessandro Carrega Dal Pozzo, de 63 anos, foi assassinado com três tiros de revólver calibre 38 em agosto de 2016 no município de Barra do Garças (a 521 km de Cuiabá). O inquérito complementar do homicídio duplamente qualificado do italiano foi encaminhado à Justiça com provas confirmando que o casal Célio Mariano Cardoso Torres, Tatiane Lourenço Conceição, foram os mandantes do crime executado por Wuitalo Yan Viera da Silva. Tatiane seria ex de Alessandro.


O corpo do italiano foi encontrado por vizinhos, que foram até a casa dele por causa do forte mau cheiro. Foi aberta uma investigação para apurar o assassinato. O caso é conduzido pela 1ª DP de Barra do Garças e contou até com participação do consulado italiano. A principal suspeita de ser a mandante do crime é a ex-mulher do italiano, Tatiane Lourenço, que teria atuado juntamente com seu namorado, o agente penitenciário Célio Mariano. O casal chegou a ser preso temporariamente durante as investigações, mas depois de 30 dias foi posto em liberdade.

O Consulado Italiano no Brasil chegou a enviar uma carta ao governador Pedro Taques pedindo a apuração do caso e também disponibilizou um policial italiano para auxiliar nas investigações. No mês passado, as investigações apontaram a participação de Witalo Yan, que teria efetuado os disparos contra o italiano. O suspeito já estava preso por outro motivo. Os três tiveram mandados de prisão preventiva cumpridos no final de agosto de 2017 e já foram denunciados pelo Ministério Público Estadual.

Tatiane teria encomendado a morte do italiano por motivos passionais e financeiros, diante do patrimônio da vítima. Segundo a Polícia Civil, teria sido uma disputa pelo patrimônio avaliado em torno de R$ 10 milhões. Todos os três suspeitos negam participação na morte do italiano. 

O delegado da Polícia Civil, Adriano Marcos Alencar, destacou a complexidade da investigação do homicídio duplamente qualificado, que exigiu dedicação e persistência da equipe da 1ª Delegacia de Polícia, bem como colaboração de toda Regional de Barra do Garças, na  investigação do caso atendido, inicialmente, como o encontro do cadáver da vítima em estado de putrefação e sem sinais, a priori, de pratica de crime.

“Em mais de um ano de investigação foram realizadas várias diligências policiais, relatórios, perícias técnicas, oitivas de testemunhas, cumprimento de mandados judiciais, provas técnicas a cargo do Núcleo de Inteligência da Regional de Barra do Garças, provas que somados apontam os necessários indícios de autoria em desfavor dos indiciados”, disse.

Conforme o delegado, no decorrer da investigação advogados de defesa dos indiciados e dos familiares da vítima italiana tiveram, cada um,  interesse particular no inquérito policial, demonstrando a necessidade de um trabalho profissional, técnico e imparcial, para que o Ministério Público, titular da ação penal, formasse sua convicção pela denúncia dos autores do crime de grande repercussão, inclusive internacional, para que através do Tribunal do Júri se possa completar a persecução penal.

O delegado pontuou ainda que o homicídio qualificado, com motivação tanto patrimonial quanto passional,  exigiu esforços da Polícia Civil de Barra do Garças, contando com auxilio também do  Oficial de ligação da Polícia Italiana no Brasil,  Roberto Donati, que no processo investigatório esteve em Barra do Garças, além dos os advogados do escritório Rabaioli&Queiroz, na juntada de documentos da vítima.  

Alencar também externou agradecimentos ao Sistema Prisional de Barra do Garças, ao Poder Judiciária, Ministério Público, Politec e a equipe da 1ª Delegacia por todos as investigações de homicídio desenvolvidas na gestão do delegado regional Adilson Gonçalves, que não tem medido esforços na busca de manter os bons resultados na elucidação de crimes na Regional.

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