Dois morrem em confronto com a PF durante operação que prendeu dupla em Cuiabá; policiais entre os alvos

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Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

Dois homens, ainda não identificados, morreram nesta terça-feira (06), durante confronto com policiais federais, durante a ‘Operação Overload’, deflagrada contra o tráfico internacional de drogas por meio do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP) e que cumpriu duas prisões em Cuiabá.

A Polícia Federal confirmou as duas mortes durante o confronto, mas não onde elas ocorreram. Fontes ouvidas pelo Olhar Direto disseram que em Mato Grosso foram registradas somente as prisões e que os óbitos foram no Estado de São Paulo.

Entre as pessoas presas estão dois policiais, sendo um militar e outro civil. Ao todo, são cumpridos 44 mandados de busca e apreensão e 35 de prisão temporária nos estados de Mato Grosso, São Paulo, Amazonas e Rio Grande do Norte. Em Cuiabá, a reportagem confirmou duas detenções.

Um dos mandados foi cumprido no Condomínio Chapada Diamantina, no bairro Dom Aquino. Conforme apurou a reportagem, por volta das 5h30, os policias federais chegaram no local. Houve muitos gritos durante a ação, vizinhos que estavam iniciando o dia ficaram assustados com a presença da polícia.

Outra ponto de ação  é em um prédio na região do Parque Mãe Bonifácia, no bairro Quilombo. Os presos não tiveram suas identidades reveladas.

A operação, que recebeu o nome de Overload, conta com o apoio das polícias Civil, Militar, Rodoviária, Receita Federal, além da corregedoria da PM.

De acordo com a investigação, a organização criminosa é composta por brasileiros, que eram os responsáveis pelo fornecimento de cocaína que seria exportada para a Europa. Além disso, o grupo aliciava funcionários do aeroporto para que interferissem a favor da quadrilha nas atividades de logística do terminal.

As investigações começaram em fevereiro, com a apreensão, na área restrita de segurança do terminal, de 58 quilos de cocaína antes do embarque.

Depois do flagrante, a Polícia Federal mapeou a rede criminosa, identificando as respectivas lideranças, as pessoas com quem se relacionaram e o processo empregado na exportação de grande quantidades de cocaína, a partir do aeroporto, com destino ao continente europeu. A quadrilha também operava para ocultar o lucro obtido com a prática criminosa.

Ainda segundo a investigação, entre os funcionários e ex-funcionários terceirizados do aeroporto que atuam com a quadrilha estão vigilantes, operadores de tratores, coordenadores de tráfego, motoristas de viaturas, auxiliares de rampa, operadores de equipamentos e funcionários de empresas fornecedoras de refeições a tripulantes e passageiros, que eram os responsáveis pelo esquema de embarque das drogas nas aeronaves com destino ao exterior. (Com informações do G1)

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