Fonte: Olhar Direto
O estado de Mato Grosso reduziu para zero o número de roubos em bancos neste ano, entre janeiro e setembro, enquanto em 2019 houveram dois casos na modalidade sapatinho. A prática consiste em sequestrar ou manter reféns familiares do gerente enquanto a pessoa é levada para liberar o acesso ao cofre. Os dados são da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), por meio da Superintendência do Observatório de Segurança.
Em 2020, entre janeiro e setembro, não houve sequer tentativa de roubo, enquanto em 2019, houveram três tentativas. O número de roubos consumados naquele ano é três. Os dois roubos na modalidade “sapatinho” registrados em 2019 já tiveram suas investigações concluídas, com identificação de autoria, e agora está em fase de localização dos envolvidos.
O número de furtos entre 2019 e 2020 reduziu pela metade, já que foram 26 casos no ano passado, enquanto 13 neste ano. Por fim, as tentativas de furto diminuíram 55%, sendo que ocorreram 17 casos em 2020 e 38 no ano anterior.
“Tivemos muitos ataques a caixas eletrônicos frustrados, investigações que culminaram em prisões, e o prejuízo causado acaba desestimulando as organizações. Também houve uma migração de criminosos especializados em bancos para outros crimes, como fraudes bancárias, e furtos e roubos a defensivos agrícolas”, explica Flávio Stringueta, titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil (PJC-MT).
A redução é percebida também no comparativo entre janeiro e setembro de 2019 e 2018. Foram sete ocorrências de roubo no ano retrasado contra as três do ano anterior. Já o furto consumado foi responsável por 54 registros em 2018 e 26 em 2019.
O trabalho investigativo, juntamente com as medidas de segurança adotadas pelos bancos, é destacado pela delegada adjunta da GCCO, Juliana Chiquito Palhares. “Tivemos êxito na desarticulação de diversas organizações criminosas desde 2018, e também participamos constantemente de capacitações fornecidas pelas instituições bancárias aos funcionários, no sentido de orientá-los e reforçar procedimentos internos que podem evitar situações de risco”.
Tanto as instituições financeiras quanto a sociedade podem contribuir com o trabalho policial, como ressalta a delegada. “No momento em que há a tentativa de crime e o sistema antifurto funciona, um alarme é acionado e uma fumaça liberada, que dificulta a visão e, consequentemente, a ação criminosa. Além disso, contamos com a participação da sociedade, com denúncias importantes”.