Delegado descarta apuração da GCCO em crime arquitetado contra candidata; PF pode assumir

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Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

O delegado Flávio Henrique Stringueta, coordenador da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), afirmou que a investigação sobre a tentativa de ataque ao comitê eleitoral da candidata à vereadora por Cuiabá, Edleusa Mesquita (PSB), não deve ficar a cargo da Polícia Civil. O delegado também explicou que como o crime não chegou a ser executado, a candidata ainda não é considerada vítima. O caso poderá ser apurado pela Polícia Federal, caso haja indícios de crime eleitoral, como é o caso de atentados a candidatos.

O cabo Roney Petterson Silva Faria e os soldados João Batista dos Santos e Valdir Maria do Nascimento, juntamente com Samuel da Silva Pedroso e Jackson de Almeida Pereira, foram presos na madrugada desta quinta-feira (12). O bando estaria planejando um assalto ao comitê da candidata a vereadora Edleusa Mesquita, presidente licenciada do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de Mato Grosso (Sinpol-MT).

Apesar da Polícia Militar ter registrado que o objetivo seria roubo, a candidata acredita em outras hipóteses, principalmente por causa da quantidade de armamento que foi apreendida com os suspeitos.

Por meio de nota o Sinpol afirmou que o presidente em exercício, Glaucio Castañon, cobrou providências à GCCO para que se esclareça se era roubo ou uma armação para executar a candidata. Ao Olhar Direto o delegado Flávio Stringueta, explicou que o caso não deve ser investigado pela GCCO.

Ele esclareceu que Edleusa ainda não é considerada vítima, já que o possível assalto a seu comitê não foi executado. Aos militares presos foram imputados os crimes de formação de quadrilha, receptação e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Já a Jackson e Samuel, além destes crimes, também foi imputado o crime de uso ilegítimo de uniforme ou distintivo.

O delegado ainda disse que a GCCO seria responsável pelo caso se a vítima fosse policial civil. No caso, como Edleusa não é considerada vítima e não está como policial civil (por causa da campanha eleitoral) a competência para investigar não seria da GCCO. Até o momento nenhum encaminhamento chegou ao delegado.

Stringueta já se reuniu com o presidente em exercício do Sinpol e explicou a situação. Ele ainda disse que se surgirem indícios de que houve um mandante do crime, com interesses eleitorais, quem investigará o caso é a Polícia Federal, que possui a atribuição de apurar crimes de âmbito eleitoral.

Veja a nota do Sinpol:

O Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de Mato Grosso torna público a indignação e repúdio ao suposto plano de roubo no comitê da candidata à vereadora Edleusa Mesquita. Como se sabe, Edleusa é investigadora de polícia e vem trabalhando com propostas e serviços prestados, não fazendo uso de dinheiro no seu comitê, toda sua campanha está no site do TRE. O presidente do Sindicato em exercício Glaucio Castañon está cobrando providências da Gerência de Combate ao Crime Organizado- GCCO para que se esclareça, se era roubo ou uma armação para executar a candidata que é Presidente do Sindicato dos Investigadores Licenciada.

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