Fonte: Olhar Direto
Mesmo sob o protesto de dezenas de aprovados no concurso de agentes penitenciários, durante a inauguração do raio 6 da Penitenciária Central do Estado (PCE), com a presença do Ministro da Justiça, André Mendonça, o governador Mauro Mendes (DEM) declarou que não irá empossar ninguém que não seja necessário e explicou que vai investir em tecnologia nos presídios para conter gastos com o pessoal.
O novo raio da PCE possui pátio com 6 metros de altura e fechamento superior com grade, tela e cerca eletrificada. Conta também com uma estrutura de operação que contém a abertura das portas é feita de forma automatizada e o monitoramento ocorre por vídeo, tecnologia que, segundo o governador, garante o mínimo de contato do servidor com o preso, além do baixo custo de manutenção e otimização da mão-de-obra.
“O objetivo do Estado é prestar o serviço com melhor qualidade ao cidadão. O objetivo do Estado não é ficar criando cargos desnecessários. Com esta tecnologia, com dois agentes penitenciários por turno, você toma conta de 432 presos. No modelo atual, precisaríamos de dez vezes mais”, disse o governador durante coletiva de imprensa.
“Então estamos entrando com esta nova tecnologia, muito provavelmente vai sobrar vagas daqueles que já estão dentro do sistema. Vocês querem que eu contrato gente para vocês pagarem pessoas que não tem utilidade para o Estado? Eu tenho certeza que a resposta é não. Estamos trabalhando a eficiência do sistema e só chamaremos profissionais de qualquer área quando ficar claramente identificado que existe esta demanda”, afirmou.
O Governo ainda anunciou que somente na PCE, devem ser entregues em 2021 outras 54 vagas por meio do raio de segurança máxima e 1.296 novas vagas pela construção de quatro novos raios.
A gestão de Mauro Mendes ainda tem em sua programação a construção de três unidades para o cumprimento do semiaberto, criando 1.200 novas vagas.
“Esta nova metodologia usa dez vezes menos. Funcionando, ao entrar com este novo método construtivo, teremos a oportunidade de sobrar profissionais aqui, que podem ser realocado em outras penitenciárias. Existe uma reengenharia em todo o Estado. Pequenas cadeias estão sendo fechadas, sendo transferidas para outras unidades médias. Estamos fazendo um trabalho de reengenharia e não fazendo o óbvio, que é contratar gente e o sistema fica ineficiente como ele é há muitos anos”, finalizou.