MPE alerta para volume de dados e pede que celular de ex-adjunto siga apreendido

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O promotor de Justiça Daniela Berigo Büttner Castor, membro do Ministério Público de Mato Grosso (MPE), emitiu parecer contra a devolução de celular apreendido quando da prisão do ex-secretário adjunto Sistêmico da Casa Civil, Wanderson de Jesus Nogueira. O ex-gestor foi detido em flagrante por suposto esquema de corrupção, fato ocorrido em setembro de 2020.

Wanderson tenta argumentar que a restituição do aparelho celular “é necessária, posto que precisa firmar contatos em busca de nova colocação no mercado de trabalho, já que fora exonerado do serviço público Estadual”.

Segundo o promotor, em virtude do volume de dados e informações constantes no aparelho, as análises ainda estão em andamento na Coordenadoria de Análise do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).

“É sabido que a restituição das coisas apreendidas somente pode ocorrer quando não mais interessarem ao processo”, alertou o promotor. “A apreensão do eletrônico pela polícia, quando de propriedade ou posse do investigado, justifica -se porque costuma ser utilizado para as práticas delituosas. Assim, sua devolução, sem o devido espelhamento para análise de seu conteúdo, seria de extremo prejuízo para as investigações”, complementou.

Wanderson, ex-secretário adjunto Sistêmico da Casa Civil, foi preso em flagrante pelo suposto cometimento do crime de corrupção passiva. Policiais flagraram o ex-membro do Executivo Estadual com uma mochila preenchida por R$ 20 mil.

Há suspeita que o dinheiro seja fruto de propina paga por contratos firmado com a TMF Construções e Serviços Eireli.

Segundo informações disponibilizadas pela ferramenta Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças de Mato Grosso (Fiplan), a empresa TMF recebeu somente em 2020 valor superior a R$ 3,4 milhões.

 

Fonte: Olhar Direto – Arthur Santos da Silva

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