Brasil nunca foi um país omisso e não está cego no conflito entre Rússia e Ucrânia

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Reprodução
CAMARA VG

Brasil nunca foi omisso e não está cego nesta guerra entre Rússia e Ucrânia. As glórias das Forças Expedicionárias Brasileiras ainda ecoam na Europa. Esta ação foi lembrada pelo primeiro ministro da Inglaterra, Boris Johnson, na conversa com o presidente Jair Bolsonaro. Não precisava, os militares têm orgulho desta participação brasileira na Segunda Guerra Mundial. A estratégia do primeiro ministro é a de levar o Brasil para a linha dura crítica da Rússia. Este assunto divide até bolsonaristas. O ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, classifica o presidente russo Vladimir Putin, como integrante do “eixo do mal”, sempre criticado pelo presidente Jair Bolsonaro. O que parece contraditório na verdade é apenas cautela rara do presidente que sempre se posiciona de maneira muito clara. Há uma decisão de governo de se manter distante da guerra. A posição do presidente é a resposta do governo e está explícita na posição do embaixador brasileiro no Conselho de Segurança da ONU. Pela suspensão das ações da guerra na Ucrânia.

Não podemos esquecer que “a cobra fumou”. Diziam que era mais fácil a cobra fumar um cachimbo do que o Brasil participar da Segunda Guerra. Os nossos pracinhas foram, venceram e voltaram cheios de glória. A cobra fumou! Uma divisão de infantaria, um esquadrão de caças e a esquadrilha de conhecimento fizeram um bom trabalho no norte da Itália. Venceu a descrença, e dos 25.334 que foram, 454 não voltaram e estão no cemitério de Pistóia, mas todos garantiram a memória brasileira. O grande comandante da FEB, o marechal Mascarenhas de Moraes, voltou com a certeza de que o feito ficará para sempre na história do Brasil. Ele só errou ao dizer que ficaria na história militar brasileira. Foi além. Montese, Monte Castello e Castelnuovo foram palco de batalhas sangrentas onde os brasileiros mostram a sua força. A Alemanha era aliada, havia pressão forte do governo norte-americano para que o Brasil saísse da neutralidade e entrasse na guerra. O presidente Getúlio Vargas decretou a neutralidade em 1937, mas foi o ataque nas costas brasileiras afundando navios mercantes que provocaram a mudança de posição. Veja como o presidente Jair Bolsonaro tem razão em não entrar numa guerra que não é a nossa. Só que tudo isso pode mudar, e se a “pátria amada for um dia ultrajada…”.

Por José Maria Trindade

Fonte: Jovem Pan

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