Empresa vencedora de licitação de BRT é investigada na Lava Jato; Mendes diz que cabe à PGE avaliar contratação

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O governador Mauro Mendes (União) desconversou sobre a contratação de empresa investigada na Operação Lava Jato para execução das obras do Bus Rapid Transit (BRT), entre Cuiabá e Várzea Grande. O chefe do Executivo disse que não vai intervir e que cabe a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) apontar se há algum impedimento para a empreiteira.

A licitação para escolha das empresas responsáveis pelo projeto foi realizada no dia 17 de março e saiu vencedor o consórcio composto por Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda. As empresas receberão R$ 468 milhões para executar o projeto.

A Nova Engevix é citada no escândalo da Lava Jato por ter pago R$ 300 milhões em propina ao grupo de servidores públicos em para garantir contratos junto ao governo Federal e Petrobras. A empresa fechou acordo de leniência, com acordo de R$ 516 milhões. Com novo nome, voltou a ter convênios com a União.

“Quem tem que avaliar isso não sou eu, é a procuradoria do Estado. Eles são contratados e pagos para isso. Para analisar todos os aspectos jurídicos e me dizer se tem algum óbice ou não. Se tiver, eles vão escrever lá. Se não tiver, eles também vão escrever”, declarou o governador durante assinatura de convênio em Várzea Grande, na noite de segunda-feira (21).

Indagado se essa contratação comprometeria a credibilidade do modal, que já carrega grande polêmica mesmo antes de começar, por conta de disputas com a continuidade do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o governador disse que não intervém em licitações e que se houve algum problema na participação, a PGE irá apontar.

“Isso não pode ser um achismo de ninguém. É o que consta na legislação brasileira, senão vira um samba do crioulo doido. Se tiver na legislação algo que impeça empresa A, B ou C de participar, eles vão escrever isso lá e terá que ser respeitado”, afirmou.

Mendes afirmou que governador não participa de licitação e que não vai fazer nenhum ato contra o contrato, exceto se houver objeção da PGE.

“Governador não participa de licitação. Nunca fiz nenhum ato administrativo em nenhuma licitação nem como governador, nem como prefeito. Quem faz isso é presidente, comissão, secretário, que são ordenadores de despesas responsáveis por isso”, completou.

Na ocasião, o governador destacou que o Estado vive momento histórico com obras em andamento. Destaca que ao assumir o governo havia 385 projetos parados e que todos já estão em andamento e os que não estão é por motivos judiciais.

Fonte: Gazeta Digital

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