O governador Mauro Mendes (União Brasil) classificou como “fofoca” e “mentiras” as conversas de bastidores que dizem que ele já teria definido sobre quem iria apoiar nas eleições ao Senado Federal.
Na base de Mendes, há dois pré-candidatos: o senador Wellington Fagundes (PL) e o deputado federal Neri Geller (PP).
Um grupo de políticos da base aliada de Mendes, pró-Neri, foi até o Palácio Paiaguás na noite de segunda-feira (21) a fim de pressionar o governador sobre uma definição sobre as eleições.
Segundo Mendes, o encontro foi “tranquilo”, mas antes de qualquer definição sobre a eleição de outubro, ele irá conversar com a família e outros agentes políticos.
“Eles estiveram lá ontem, foi uma reunião muito afável, muito tranquila, amistosa. Eu esclareci para eles: ‘Vocês querem decidir [sobre candidatura] baseados em fofoca’. Porque está aberta a temporada da fofoca política. É uma conversação fiada, uma mentirada”, afirmou em entrevista à Rádio Jovem Pan, na manhã desta terça-feira (22).
A pressão do grupo se dá após uma reunião do governador com o presidente do PL Nacional, Valdemar Costa Neto, no início desse mês.
O encontro, que ocorreu em Brasília, sinaliza uma aproximação de Mendes com a candidatura do principal oponente de Neri em um cenário pré-eleitoral, que é o senador Wellington Fagundes.
Mendes garantiu que o encontro com líder fez parte de uma agenda política em Brasília, e que antes também fez reuniões com o ministro Ciro Nogueira, que é presidente do PP Nacional, e também com lideranças do União Brasil.
“O que tem de errado com isso? Não fechei nem com Ciro, nem fechei com Nogueira”, afirmou. “O povo reclama tanto que eu não faço agenda política. No dia em que eu faço eles ficam todos em polvorosa. ‘Ah fechou com esse. Fechou com aquele’. Não fechei nada. Para de acreditar em mentira”.
“Tudo é fofocaiada, um interesse daqui e outro dali. Vamos continuar conversando e no momento certo eu decido; e a gente decide juntos a chapa que irá disputar o Governo e Senado”, completou.
O momento certo
Reiteradamente, o governador vem dizendo que até o início de abril iria anunciar sobre sua definição quanto à reeleição. Desta vez, apontou que as definições, em especial ao Senado, poderão ficar para agosto, prazo final dado pela Legislação Eleitoral.
“Eu disse que a partir de abril iria acelerar e já estou acelerando. Prazo mesmo para decidir chama convenção partidária. Ontem eu falei isso umas 10 vezes e vou repetir agora: a minha prioridade ainda é trabalhar e entregar resultado”, afirmou.
Conforme o calendário eleitoral, as convenções partidárias – ocasião em que os partidos definem sobre as candidaturas que irão disputar a eleição – começam no dia 20 de julho e devem acabar até dia 5 de agosto.
Fonte: Midia News