O Ministério das Relações Interiores confirmou nesta quinta-feira, 9, a morte do soldado brasileiro que foi lutar na Ucrânia. André Hack Bahi, de 43 anos, estava lutando na região de Donbas, quando foi vítima de um dos bombardeios russos que atinge o local desde o final de março. A informação foi confirmada pela Embaixada de Kiev. Durante a semana já havia rumores sobre a morte do soldado, pois há dias ele não se comunicava com a família. Em nota enviada à Jovem Pan, o Itamaraty informou que está em contato com a família para “prestar-lhes toda a assistência cabível” e afirma que continua a desaconcelhar o deslocamento de brasileiros à Ucrânia enquanto não houver condições enquanto não houver condições de segurança suficientes no país.
Nas redes sociais, um amigo de Bahi, que também está no Leste Europeu, fez uma homenagem ao companheiro e o agradeceu. “Queria ter a metade da sua coragem. Nesses 3 meses juntos só Deus sabe o que passamos… não da nem vontade de pensar e nem de contar o que vimos”, escreveu Andre Kirvaitis. “Obrigado por ter salvado a minha vida em Irpin e me perdoe por não estar ao seu lado nessa última missão. A guerra é o inferno”, acrescentou. “Não vou deixar seu nome ser esquecido, obrigado por tudo irmão, você está na verdadeira vida agora, a terra é só uma breve passagem perto da eternidade, você cumpriu sua missão com honra”, finalizou Kirvaitis.
A irmã Tatiane Hack usou seu Instagram para poder prestar condolências ao irmão. “Hoje meu coração chora em saber que acabou, que se foi… Desculpa minha fraqueza, sei que pediu para nós não chorarmos e nem sofrer sua ausência, sei que vou seguir minha vida, cuidar da minha família, mas não me tirem o direito de chorar e dizer não aceito. Parte de mim está em luto eterno. Te amo muito e obrigada por ser meu irmão. Tchau meu guerreiro”, escreveu.
Nota do Itamaraty:
O Ministério das Relações Exteriores recebeu, por meio da Embaixada do Brasil em Kiev, confirmação do falecimento de nacional brasileiro em território ucraniano em decorrência do conflito naquele país e mantém contato com familiares para prestar-lhes toda a assistência cabível, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local.
Assim como tem feito desde o começo do conflito, o Itamaraty continua a desaconselhar enfaticamente deslocamentos de brasileiros à Ucrânia, enquanto não houver condições de segurança suficientes no país.
Ressalte-se que, em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, mais informações poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos ou de seus familiares diretos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.