Os vereadores se reuniram na manhã desta segunda-feira (4) na Câmara, inclusive com Paccola, para tomar as primeiras providencias. “Todas as decisões dessa casa são feitas no colegiado. Nós ouvimos o vereador Marcos Paccola, até então não tínhamos falado com ele, [e] tive a oportunidade de ouvir a versão dele. Tem várias versões, não queremos nos antecipar. Há informações que tem quatro delegados da Polícia Civil acompanhando o andamento dessas investigações, e nós acreditamos na Polícia. Tem imagens de câmeras, já falei com o presidente da Comissão de Ética, que esteve presente também, que é o vereador Lilo Pinheiro, a comissão vai acompanhar passo a passo”, argumentou Juca, logo após a reunião.
Segundo o presidente, a própria Câmara também irá acompanhar todos os andamentos, as testemunhas, e o desenrolar da investigação. Sobre possível afastamento ou cassação de Paccola, Juca afirmou que qualquer vereador teria a prerrogativa de pedir, mas não é possível fazer análises neste momento.
“É algo inédito. Estou há dez anos aqui e nós nunca nos deparamos com uma situação nem parecida. Tudo que falarmos hoje sem ter o acompanhamento, o desfecho das investigações, é precoce”, argumentou.
Paccola atirou em Alexandre, que veio a óbito, no início da noite de sexta-feira (1) na Avenida Arthur Bernardes, atrás do restaurante Choppão. Na versão do vereador, o homem, que é agente socioeducativo, estava com uma arma em punho ameaçando a própria esposa. Já na versão da mulher, Janaina Sá, Alexandre – mais conhecido como ‘Japão’ – trazia na mão somente o celular e a carteira, e não havia nenhuma ameaça. O vereador chegou a ir à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde prestou depoimento e foi liberado na mesma noite.