O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Juca do Guaraná (MDB), garantiu que independente da cobrança feita pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), a Comissão de Ética da Casa irá atuar com todo rigor necessário para apurar o assassinato do agente socioeducativo, Alexandre Miyagawa, cometido pelo vereador Tenente Coronel Paccola (Republicanos), que faz oposição ao gestor emedebista.
Pela manhã, Emanuel afirmou que deve conversar com sua base aliada sobre o andamento da investigação e cobrou que a resposta do Legislativo seja imediata, principalmente com os pedidos de afastamento e cassação do mandato do vereador militar, apresentados pela vereadora Edna Sampaio (PT).
“Independente de pedido de Emanuel ou de quem for, nós temos nossas obrigações. É uma casa Legislativa, 25 vereadores, Colégio de Líderes e Mesa Diretora e somos responsáveis pelos nossos atos. Estamos com tranquilidade e respeito, especialmente aos familiares da vítima”, declarou.
Sobre o pedido de Edna, Juca negou que ela ou outro parlamentar esteja politizando o caso. A petista alega que Paccola deve ser cassado por quebra de decoro parlamentar e que o assassinato é consequência da atuação política e ideológica do parlamentar, que até faz parte de movimento pró-armamentista.
Aliados de Paccola, como Michelly Alencar (União), utilizaram a tribuna durante a sessão desta terça-feira (05) para atacar a petista e dizer que é preciso esperar o término das investigações por parte da DHPP para que uma decisão política seja tomada pela Câmara. Por outro lado, amigos de trabalho e familiares realizaram um ato de protesto na frente do Legislativo, cobrando ação rápida para que o vereador seja punido.
“Acredito que não (está sendo politizado), pois é um assunto extremamente sério e delicado, pois estamos tratando da vida de uma pessoa. O que depender da Mesa Diretora, esse assunto não será politizado”, disse, em conversa com a imprensa nesta terça.
Casa do Horrores
Ainda na coletiva, Juca falou sobre a Câmara voltar a ser alvo de polêmicas por causa de casos envolvendo vereadores. Até certo tempo, o poder era chamado de Casa dos Horrores, pecha que o presidente tenta afastar desde que assumiu o cargo, em 2021.
“Estamos trabalhando com apoio de todos os vereadores para ter o respeito da população. É um caso isolado. Quando se fala de um deputado, não pode falar de toda a Assembleia; quando se fala de um magistrado, não pode falar de todo o Tribunal de Justiça. Assim é quando se fala de um vereador, não admito que fale de toda a Câmara. Fale da pessoa e não da instituição”, pontuou.
FONTE:OLHAR DIRETO