“O Fávaro não se declarou, antes da campanha, um petista. E esse pessoal está achando, não sou eu, pelo que a gente vê, uma traição. […] Eu não sou cientista político, mas é só analisar a rede social e o senhor vai ver que o prejuízo político que ele vai ter é sério. Foi um [tiro] no pé, um na testa e um no peito”, analisou Nelson Barbudo, na manhã desta terça-feira (26), no Palácio Paiaguás.
Após ter declarado apoio e revelado que vai coordenar a campanha de Lula em Mato Grosso, Carlos Fávaro foi alvo de notas de repúdio de 16 entidades rurais, sendo 14 delas sindicatos rurais. O deputado federal e pré-candidato ao Senado com apoio da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB), Neri Geller, também foi alvo.
As notas afirmam que o setor rural está alinhado à direita, além de acusar o PT de ter achincalhado, menosprezado e ameaçado os valores dos produtores rurais, de “Deus, Pátria e Família”, direito à propriedade privada, autodefesa e liberdade de expressão.
Apesar de garantir não ter nada contra Fávaro e nem contra a escolha ideológica, Barbudo acredita que as críticas sofridas pelo senador são corretas. “É correta e não poderia ser diferente. […] Não tenho nada contra o senador. Ele que escolha a o lado ideológico dele, mas que eu estou vendo na mídia não fica bem, né? O pessoal parece que não gostou dessa ideia”, disse.
