Médica de postinho levou quatro facadas de agressor e irmão rebate justificativa de “mal atendimento”

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

A médica Jaqueline Matos da Croce, de 31 anos, que estava trabalhando no PSF São José, no bairro Cristo Rei, em Primavera do Leste (a 234 km de Cuiabá), na tarde dessa quinta-feira (25), quando foi atacada por um paciente psiquiátrico, levou quatro facadas. Um dos golpes atingiu a barriga de Jaqueline e, “por sorte” não perfurou o útero da médica, que está grávida de quatro meses, de acordo com o irmão.

 

 

Jaqueline da Croce e o irmão, que também é formado em medicina, Leandro da Croce

A médica Jaqueline Matos da Croce, de 31 anos, que estava trabalhando no PSF São José, no bairro Cristo Rei, em Primavera do Leste (a 234 km de Cuiabá), na tarde dessa quinta-feira (25), quando foi atacada por um paciente psiquiátrico, levou quatro facadas. Um dos golpes atingiu a barriga de Jaqueline e, “por sorte” não perfurou o útero da médica, que está grávida de quatro meses, de acordo com o irmão.

A agente de saúde Reggy Rose Lopes de Oliveira, de 51, foi morta pelo agressor após ser esfaqueada no peito. O cardiologista e irmão de Jaqueline, Leandro da Croce, afirma que a colega de trabalho da irmão foi “um anjo”.

“Infelizmente, a Reggy Rose, que foi um anjo, entrou lá para salvar minha irmã acabou não resistindo aos ferimentos. Mesmo com os esforços nossos aqui, não conseguimos poupar a vida dela”, lamenta.

De acordo com Leandro, Jaqueline, que também foi esfaqueada no braço e na perna, está internada na UTI do Hospital das Clínicas, em Primavera do Leste. Apesar de ter quadro considerado estável, a médica não está fora de risco e precisou passar por uma cirurgia após o ataque.

“Ela passou por uma cirurgia ontem, teve quatro perfurações por arma branca, uma delas no abdômen, por sorte não atingiu o útero dela, porque está gestante de 20 semanas. Então, foi uma cirurgia extremamente delicada”.

Agressor disse que foi mal atendido em PSF

Quando foi preso pelos policiais militares, o suspeito, que não teve a identidade divulgada, disse que atacou as profissionais de saúde após ter sido mal atendido no PSF. No entanto, Leandro rebate a justificativa do agressor, que costumava frequentar o postinho.

“Minha irmã trabalha há sete anos no PSF, quem é médico sabe que ficar tanto tempo em uma área assim é difícil. Esse marginal já tinha sido atendido na semana passada, todos os meses ele voltava para renovar a receita, estava tudo certo”.

O cardiologista ressalta que o suspeito tentou entrar em uma creche antes do ataque no posto de saúde. Laura Oliveira, sobrinha da agente de saúde morta pelo paciente, também disse ao Olhar Direto que o homem parou na creche antes de entrar no PSF. No portão, ele teria dito que precisava “matar alguém”.

“Esse marginal tinha intenção de entrar em uma creche, graças a Deus não conseguiria entrar, senão a tragédia seria muito maior. Colocar a culpa em Prefeitura ou em Secretaria de Saúde, não faz sentido. Ele podia ter invadido uma creche, um bar, um hospital ou um restaurante, é uma pessoa doente, de má índole”

FONTE:OLHAR DIRETO

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