O candidato ao Senado, Welington Fagundes, tenta esconder da população o fato de que é acusado por um empresário de ter recebido R$ 1 milhão em propina. A busca do candidato em impedir que a sociedade tome conhecimento desta informação fez com que ele, inclusive, tentasse censurar a imprensa, o que foi barrado pela Justiça Eleitoral. O caso foi revelado nesta sexta-feira (02.09), no programa eleitoral.
A tentativa de censura de Welington foi impedida pela juíza eleitoral Ana Cristina Silva Mendes, que reconheceu a veracidade da informação veiculada, de que o candidato é alvo de uma investigação, motivada pela delação do empresário Pierre Françoise.
Ao confessar à Polícia Civil a entrega dos recursos, Pierre disse que fez dois repasses a Welington. No primeiro, Pierre entregou, diretamente a Welington, R$ 500 mil em dinheiro acondicionado em uma caixa de vinho. O segundo repasse, no mesmo valor, foi feito ao filho do senador, João Antônio, em Rondonópolis. Um inquérito do caso foi instaurado pela Delegacia.
“É isso o que Welington não quer que você saiba. Isso é fato”, diz a propaganda que apresenta trechos do documento com a confissão de Pierre. Foi este depoimento que Welington tentou censurar.
No despacho, Mendes salientou que a divulgação da matéria e os comentários do jornalista sobre o caso estão dentro dos limites relativos à liberdade de informação e que o assunto foi amplamente divulgado. “Nesse sentido, é oportuno mencionar que no processo eleitoral a divulgação de informações sobre os candidatos, enquanto dirigidas a suas condutas pretéritas e na condição de gestores públicos, e seu debate pelos cidadãos, revelam-se essenciais para ampliar o conhecimento dos eleitores acerca das ações praticadas pelos candidatos a cargos públicos”, ressaltou a magistrada.