A morte de Diego Kaliniski, 26 anos, teve grande repercussão e foi destaque em dois programas de rede nacional, o Fantástico, da Rede Globo, e Domingo Espetacular, da Rede Record. Nas reportagens, foram abordadas as circunstâncias do óbito do rapaz e exibidos os vídeos da resistência à abordagem, além dos tiros efetuados pela Polícia Militar.
A morte aconteceu na madrugada deste domingo (5), em Vera (374 km de Cuiabá), quando a PM atendia uma ocorrência de perturbação do sossego alheio na avenida Brasil. As imagens registradas de vários ângulos mostram Diego bastante agressivo. Ele pega o talonário de um dos agentes e desfere alguns socos nele.
Conforme boletim de ocorrência, quando os dois policiais chegaram ao local, visualizaram um veículo Saveiro preto com a caçamba aberta e com som automotivo ligado. Segundo apurado, os moradores reclamam constantemente da bagunça da região para a PM.
No endereço da confusão, os policiais teriam emitido sinais luminosos e sonoros e ainda de dentro da viatura teriam confeccionado a notificação de trânsito para a Saveiro. Neste momento, dois homens visivelmente embriagados teriam abordado o sargento que comandava a ocorrência, pela janela do lado direito da viatura.
Na sequência, os militares desembarcaram e pediram documento da Saveiro. Diego era o proprietário e em um primeiro momento negou o pedido. Depois da certa insistência, ele teria colaborado com os procedimentos legais e mostrou o documento pelo celular.
Ainda conforme o B.O, Diego tomou o talonário da mão do soldado e passou a desacatar os agentes. “Seus policiais de merda, vocês não irão me notificar, eu mando em vocês”, descreve o documento.
Os agentes teriam pedido o talonário e dado voz de prisão a Diego por desacato. Ao ser informado que seria conduzido para delegacia, resistiu novamente e utilizou-se de força física para evitar a prisão. Dhione Pedro Kaliniski, 31, irmão de Diego, juntamente com outros populares, também teriam tentado impedir a condução do suspeito.
A dupla de policiais estava com uma espingarda calibre 12, com munições antimotim dentro da viatura, mas quando tentaram utilizar a arma, houve pane de carregando. Portanto, a espingarda permaneceu dentro da viatura. O único meio menos letal disponível era a o bastão tonfa e os agentes passaram a usá-lo.
FONTE: Olhar Direto
