O deputado federal Emanuelzinho (MDB) disse ter provas de que o governador Mauro Mendes (UNIÃO) tem relações comercias com o Consórcio que deverá implantar o BRT na Região Metropolitana de Cuiabá. Segundo o parlamentar, o ex-procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado, José Antônio Borges, saberia das irregularidades, mas teria sido conivente mirando uma suposta indicação para desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).O Ministério Público Estadual, na pessoa do José Antônio Borges, foi conivente e sabia de tudo isso. Não adianta querer proteger. Ele tem um prêmio para receber, que é ser desembargador do Estado. Fez uma caça às bruxas contra o prefeito Emanuel Pinheiro para ser desembargador. Não é o Ministério Público, é o José Antônio Borges”, disse Emanuelzinho, em entrevista à Rádio Centro América FM, na manhã desta quinta-feira (16).
Na entrevista, o deputado levantou a suspeita de que o governador Mauro Mendes usaria “laranjas” para esconder uma suposta relação comercial com o Consórcio BRT – formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda.
“É difícil entrar nisso de família, mas como ele também entra, você sabia que a família dele tem relações com o Consórcio do BRT? Relação societária. Estamos preparando toda a documentação. Estou afirmando que tem. Ninguém faz o seguinte: ‘vou colocar meu nome aqui numa sociedade que a lei veda’. Usa laranja que a polícia não enxerga”, disparou.
As graves acusações também se voltaram para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso e para o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), a quem Emanuelzinho chamou de “omisso”.
“A Assembleia Legislativa aprovou no final de 2020 a toque de caixa, sem discussão, numa votação relâmpago no final do ano, já começa por aí. Tenho muito carinho pelo prefeito Kalil, é meu correligionário, mas não moveu um pauzinho, foi extremamente omisso. Deixou Várzea Grande com aquele corredor cheio de bloco de concreto por vários e vários anos e não quis brigar com o governador”, disse.
“Quando o Silval Barbosa começou a fazer o VLT e depois muita coisa foi descoberta, diziam que não se fiscalizava, que não buscaram, que ninguém acompanhou. Eu estou falando isso agora. Hoje parece tudo razoável, quando o governador Mauro Mendes sair, sendo implantado VLT, BRT, ou nenhum deles – e eu espero que algum seja implementado, mesmo que seja o BRT -, as coisas vão começar a aparecer. Vão acusar novamente todo mundo de omissão”, acrescentou o parlamentar.
Outro lado
Olhar Direto buscou o Ministério Público do Estado, que disse que não iria comentar as acusações.
O Governo do Estado, por meio da Casa Civil, afirmou que ainda estava se inteirando das declarações do parlamentar
FONTE :OLHAR DIRETO.