Defesa não recebe laudos periciais e juíza adia julgamento de Carlinhos Bezerra

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RepórterMT
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Foi cancelada a primeira audiência de julgamento do empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra, de 57 anos, pelo assassinato da ex-companheira Thays Machado, de 44 anos, e do então namorado dela, William Moreno, de 30 anos, em Cuiabá. Ainda não há uma data para que uma nova audiência seja realizada.

De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a defesa pediu a nulidade do processo, por não ter tido acesso aos laudos de perícia do caso. Além disso, os advogados do empresário chegaram a pedir um habeas corpus para Carlinhos Bezerra. O pedido de nulidade foi negado pela juíza Ana Graziela Vaz de Campos, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, mas ela preferiu remarcar a audiência.

Carlinhos matou a tiros a advogada Thays Machado e o namorado dela, Willian Moreno, na tarde do dia 18 de janeiro, no bairro Consil, em Cuiabá.

 

Ele foi denunciado e responde por homicídio quadruplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel, com impossibilidade de defesa da vítima e agravado por ser um feminicídio, pelo crime cometido contra Thays. Com relação à morte de Willian Moreno, Carlinhos deverá responder por homicídio triplamente qualificado com motivo torpe, meio cruel e com impossibilidade de defesa da vítima.

 

Segundo a Polícia Civil, Carlinhos Bezerra monitorava com rastreadores e escutas cada passo que a vítima dava. Mais de 70 capturas de tela com a localização da advogada foram encontradas no celular do empresário.

Como revelaram as investigações, Carlinhos possuía um caderno onde anotava quando os rastreadores haviam sido instalados no carro da vítima e quanto tempo durariam as baterias. Esses rastreadores permitiam que o empresário acompanhasse pelo celular os deslocamentos da ex.

O assassino perseguia Thays, inclusive conseguindo ter acesso às pessoas com quem ela falava no telefone, para quem ele ligava para tomar satisfações.

Também estabelecia uma classificação por cores dos alvos considerados de menor ou maior risco para a relação que ele supunha manter com a vítima. Esse esquema sofisticado de perseguição teria sido implantado a partir de setembro de 2021, de acordo com a Polícia Civil.

FONTE:REPÒRTER MT.

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