O sonho dela era conquistar um futuro próspero, longe das drogas”, lamenta primo de mulher encontrada morta

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O sonho dela era conquistar um futuro próspero, longe das drogas, infelizmente não foi desta forma”. Essa é a fala de Josemar Macena, primo de Célia Macena, 34 anos, encontrada morta na tarde de quinta-feira (23), em Sorriso (420 km de Cuiabá). Ao lado de Célia, também havia outra mulher em óbito, Maria José Ferreira da Silva de 43.  Ambas lutavam contra o vício em drogas.Há uns dez anos, minha tia (mãe dela) decidiu mudar-se para Sorriso, tentar uma nova história, tentar um emprego melhor, uma nova vida. Desde então, Célia também passou morar junto com seus irmãos e mãe nesta cidade. Tempos depois, começou a se envolver com pessoas erradas, ela tentou várias vezes sair do vício, a minha família procurou uma casa de recuperação, mas era tarde demais”, lamenta ao Olhar Direto, o primo que cresceu junto de Célia em Cuiabá.

“Apesar da nossa diferença de idade, em todos contatos que tive com Célia, sempre foi com muita risada. Minha prima sempre me abraçava em todos momentos de encontros com ela, ela já chegava sempre com um sorriso no rosto e fazendo piadas. Ela era incrível como pessoa, nunca guardou raiva, rancor, tampouco mágoas de ninguém. O sonho dela era conquistar um futuro próspero, longe das drogas, infelizmente não foi desta forma”, diz.Entre os muitos momentos vividos, Josemar lembra de quando Célia chegou na casa dele e disse que ele deveria dar orgulho para família. “Lembro um dia quando ela chegou na minha casa e eu estava estudando, ela me disse: ‘Má, você parece muito inteligente, tem que estudar mesmo, você tem que dar orgulho para nossa família’. Hoje olha onde estou, relembrando com profunda tristeza, tive que me despedir de longe”.

O velório de Célia aconteceu na sexta-feira (24), em Sorriso. Parte da família se deslocou de Cuiabá para dar o último adeus. Ela teve dois filhos do primeiro casamento em Cuiabá e dois do segundo em Sorriso. “O coração dela era muito bom, ela nunca fez mal a ninguém. Quando ela se drogava, o único mal que ela fazia era para si mesma”, lamenta Rosângela Macena, irmã de Célia.

“Ela será lembrada como a Célia feliz, pois em todos momentos ela estava sorrindo, com palavras e atitudes alegres, era quase impossível vê-la triste, ainda que diante de momentos sérios, ela sempre mostrou ser uma pessoa alegre, contudo às drogas calaram suas atitudes, calaram sua voz, e nunca mais ouviremos o entoar dos seus sorrisos”, finaliza o primo.

Corpos localizados

Assim como Célia, a mulher encontrada morta ao lado dela também fazia uso de entorpecentes. Próximo aos corpos das vítimas, a polícia encontrou uma mochila com entorpecentes e uma espécie de cachimbo, normalmente utilizado para o consumo de drogas do tipo pasta base de cocaína.

As vítimas estavam com as mãos amarradas para trás e pelos sinais, suspeita-se de execução cometida por facção criminosa. Na cena do crime os peritos recolheram cápsulas de projéteis de arma de fogo.

A Polícia Civil está investigando o duplo homicídio.

FONTE:REPÒRTER MT.

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