Família de jovem morto acusa policial; militar nega e registra B.O.

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CAMARA VG

Família do jovem Vinicius de Matos dos Santos, de 19 anos, morto a tiros na noite da última segunda-feira (19), em Santa Cruz do Xingu (1.059 km de Cuiabá) acusa um policial militar de ter cometido o homicídio. O suspeito negou o crime, alegou que não estava na cidade no dia e registrou um boletim de ocorrência contra o pai do rapaz.Conforme noticiado pelo Olhar Direto, o fato aconteceu às 22h35, quando um suspeito, não identificado, entrou na residência e efetuou três tiros contra Vinicius, fugindo na sequência.

Mesmo socorrido, o jovem morreu depois que deu entrada na unidade de saúde. Lá, o pai de Vinicius acusou o policial de ter matado o filho. Isso porque, de acordo com o senhor, a vítima foi acusada de, dias antes, ter invadido e roubado um estabelecimento da esposa do policial.

No boletim de ocorrência do assassinato de Vinicius, o pai relatou que o suspeito vestia um short e boné pretos e que ele teria invadido a propriedade pelos fundos e perguntado pelo rapaz.

Ele ainda tentou defender o filho, ficando na frente do rapaz, mas acabou impedido pelo assassino. Vinicius foi alvejado com três disparos e, logo em seguida, o autor fugiu do local.

Investigação

Em entrevista ao Olhar Direto, o Comandante Regional de Vila Rica, Noelson Carlos, explicou que o policial está contribuindo com as investigações.

Segundo o comandante, quando soube da denúncia, ele orientou que o policial se apresentasse à Polícia Civil e desse sua versão do fato. Disse ainda que o militar entregou sua arma para ser periciada a fim de comprovar que ele não era o autor do homicídio.

“Quando nós tivemos essa informação, na madrugada mesmo nós orientamos que o policial militar se apresentasse espontaneamente, voluntariamente na Polícia Civil. Nem perguntei se ele era culpado ou não, mas nós já falamos que precisa apresentar. Ele foi lá, se apresentou e deu a versão dele. Ele negou os fatos, apresentou a arma dele para ser periciada, deixou a arma na Polícia Judiciária Civil”, disse Noelson.

“A Polícia Judiciária Civil tomou a declaração dele, depoimento dele, pegou a arma e liberou”, acrescentou o Comandante-regional.

No depoimento, ainda de acordo com Noelson, o policial militar alegou que estava em Confresa na noite do crime e que, inclusive, poderia comprovar a informação com documentos e testemunhas.

Segundo o comandante, a Polícia Militar vai acompanhar a investigação e caso seja comprovado algum envolvimento do policial, um procedimento administrativo será instaurado.

“Não há que se falar em inquérito policial militar porque ele estava de folga no dia. Se por acaso houve participação, não é crime militar, é crime comum. Mas, como ele se apresentou, nós vamos acompanhar e aguardar o resultado da [apuração da Polícia] Civil para depois poder tomar alguma atitude”, explicou.

Registrou denúncia

O policial militar também registrou um boletim de ocorrência alegando que vem sendo ameaçado pelo pai do rapaz, que o acusa “de forma infundada” pela morte do filho.

Em um trecho, o militar afirma que o pai do jovem, um dia após o assassinato do filho, passou em frente à sua casa e gritou: “eu vou te matar, seu policial”.

Ainda conforme o boletim, o policial afirma que recebeu um vídeo onde o suspeito faz novas acusações relativas ao homicídio. Contudo, o militar reforça que estava em Confresa no dia do crime e que dispõe de comprovante de pagamentos, notas e testemunhas para comprovar a afirmação. O pai do rapaz não foi localizado para apresentar suas versões à polícia

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

FONTE:REPÒRTER MT.

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