Deputados do PL discutiram e fizeram acusações mútuas – inclusive de caráter pessoal – em um grupo do WhatsApp na tarde de domingo (9). A informação foi divulgada inicialmente pelo O Globo e confirmada pelo UOL.
Gustavo Gayer (PL-GO) ouviu recomendações de Vinicius Gurgel (PL-AP) para procurar o AA (Alcoólicos Anônimos), uma alusão à suposta embriaguez num acidente de trânsito que teria causado duas mortes há cerca de 20 anos — ele nega a acusação. Gayer contra-atacou chamando o colega de partido de corrupto, menção a uma investigação sobre desvios no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
Por volta das 15h30 de ontem, o deputado Vinicius Gurgel começou a explicar por que votou a favor da reforma tributária. A iniciativa serviu de gatilho para troca de alfinetadas que evoluíram para um barraco.
Na briga, nenhuma estocada ficava sem resposta. Os deputados alinhados ao ex-presidente disseram que os colegas eram do grupo “extremo centrista e emendista”. A primeira expressão é uma forma de chamá-los de centrão. A segunda, que trocam votos por emendas.
A discussão já durava duas horas quando alguma providência foi tomada. Eram 17h36, quando os administradores do grupo limitaram que somente eles podiam postar, uma medida creditada à direção da sigla.
O grupo foi reaberto somente na manhã de hoje (10) pelo líder do PL na Câmara, deputado Altineu Cortês (PL-RJ). Todos agiram como se nada tivesse acontecido e passaram a dar parabéns para o deputado Eduardo Bolsonaro, que fez aniversário no final de semana.