O empresário e ex-secretário adjunto da Secretaria de Saúde de Cuiabá, Luiz Gustavo Raboni Palma, preso na manhã desta segunda-feira (17) por ser o proprietário da empresa LG Med Serviços e Diagnósticos, alvo da Operação Overpay, da Polícia Civil, foi solto menos de 10 horas depois.
Raboni teve a prisão preventiva revogada pelo juiz João Bosco, do Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO), atendendo ao requerimento da defesa, representada pelos advogados Valber Melo, Fernando Faria, Matheus Correia e Levy Raboni.
Durante a manhã, o empresário permaneceu em silêncio em depoimento na Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) e aguardava audiência de custódia, que aconteceu no início da noite de hoje.
Luiz Gustavo foi preso preventivamente na operação e também acabou sendo autuado em flagrante pelo crime de posse irregular de arma de fogo, já que foi encontrada uma espingarda em sua casa, no bairro Jardim Imperial, em Várzea Grande. Ele pagou fiança de R$ 6 mil e foi ‘liberado’ desse crime.
A prisão preventiva foi substituída por medidas cautelares diversas da prisão, como uso de tornozeleira eletrônica e proibição de se afastar da comarca de Cuiabá.
O Ministério Público Estadual deu parecer favorável à soltura do empresário durante a audiência.
A Operação
A ação foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). As investigações e auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE) apontaram indícios de que a empresa apresentou planilhas de atendimento de médicos que sequer compareceram nas unidades hospitalares e alguns profissionais realizaram plantão apenas em determinada unidade hospitalar.
Porém, em planilha apresentada pela empresa constava como a prestação de serviço em duas unidades ao mesmo tempo, ou seja, a empresa contratada listou o profissional em duplicidade.
As investigações e auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE) apontaram indícios de que a empresa contratada apresentou planilhas à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá com relatório de atendimentos de pacientes e ausência de informações em quantidade além do que efetivamente foi realizado.
Durante diligências, a equipe da Deccor verificou indícios de que a empresa contratada não existe fisicamente e que o sócio-proprietário é um ex-agente público.
Também foram constatadas evidências de que a empresa apresentou planilhas de atendimento de médicos que sequer compareceram nas unidades hospitalares e alguns profissionais realizaram plantão apenas em determinada unidade hospitalar. Porém, em planilha apresentada pela empresa constava como a prestação de serviço em duas unidades ao mesmo tempo, ou seja, a empresa contratada listou o profissional em duplicidade.
A auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE) identificou que foi realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá o pagamento à empresa contratada de plantões sem a comprovação de execução e com prestação em período de duração de plantões abaixo do contratado.
FONTE:REPÒRTER MT.