O deputado estadual Lúdio Cabral (PT), presidente da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), disse nesta segunda-feira (13) que o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, deixou em aberto questões a serem esclarecidas a respeito da suspensão de atendimento em hospitais regionais de Mato Grosso e no Hospital Estadual Santa Casa de Cuiabá.
Segundo Lúdio, as informações mais importantes, que eram o detalhamento dos gastos da secretaria, como o pagamento de natureza indenizatória e licitação, não tiveram números revelados. O deputado afirmou que vai pedir novos esclarecimentos ao secretário por meio de requerimento escrito.
“As questões que nós formulamos hoje, que ele não teve condições de responder, nós iremos encaminhar por meio de requerimento escrito. Para que ele nos responda. Qual é o percentual dos recursos aplicados pelo Estado nas suas unidades hospitalares ao longo de 2023 que custearam empresas terceirizadas? Quais as empresas estão hoje com o serviço suspenso por falta de pagamento? E que medidas o Estado está tomando para poder assegurar a continuidade dos serviços que estão sendo interrompidos?”, questionou o parlamentar.
Lúdio afirmou que a situação tem sido observada no Hospital Regional de Sinop, Hospital Regional de Sorriso, Hospital Regional de Rondonópolis, Hospital Estadual de Santa Casa, em Cuiabá, e no Hospital Regional de Cáceres. “Todos com situações de suspensão de atendimento por falta de pagamento das empresas contratadas”.
“[Ele] trouxe algumas respostas parciais, mas ainda há muitas questões em aberto, especialmente sobre a opção que o Estado faz de adotar esse modelo de contratação, de terceirização, de quarteirização, que custa muito mais, que deixa muito mais margem para situações, infelizmente, que podem ser objeto de investigações policiais, e você não tem a continuidade no serviço, que é o que traz qualidade”, acrescentou.
Segundo o deputado, quando há a contratação de uma empresa privada que contrata e quarteiriza a contratação de um médico, em que os profissionais trabalham em torno de um mês a dois meses, a continuidade do trabalho e a qualidade do serviço é quebrada.
“Precisamos mudar esse modelo de gestão dos hospitais sob a sua responsabilidade para que a gente não vivencie um colapso de fato, porque nós vivenciamos nesses últimos meses sinais de um colapso com vários serviços sendo interrompidos por falta de pagamento em um cenário em que o Estado tem dinheiro no caixa”, finalizou.
Fonte: Olhar Direto