A interventora da Saúde de Cuiabá, Danielle Carmona, declarou que o gabinete teme a retomada da Pasta pela Prefeitura de Cuiabá, por conta do histórico de má gestão e corrupção. Além disso, a equipe esperava já ter o início da transição, visto que até o momento, a intervenção termina no dia 31 de dezembro.
“A nossa expectativa era de que houvesse já o início dessa transição, para que a gente possa passar para quem assumir todas essas ações, e que não ocorra a interrupção dos serviços, mas até o momento não temos os nomes ou de como isso se dará”, explica Carmona.
Danielle ressalta que essa transição já foi solicitada, mesmo que ocorra na última semana de dezembro, no entanto, não há nada definido. A medida depende além da Prefeitura de Cuiabá, mas também dos órgãos de controle, como o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O Gabinete reforçou os avanços na Pasta durante nove meses de gestão, e o principal temor é que não haja continuidade do que vem sendo feito em Cuiabá. “A gente teme por causa do histórico, mas vai ser muito triste se isso realmente acontecer”.
A prorrogação da Intervenção ainda é analisada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT). Na segunda-feira (04), o órgão solicitou ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) a análise dos relatórios enviados pelo Gabinete de Intervenção à Procuradoria-Geral de Justiça para verificar sobre a necessidade ou não do adiamento.
“Esse relatório nós recebemos um ofício com vários questionamentos do MPMT sobre as ações realizadas pelo Gabinete de Intervenção. Tem muita questão do comparativo, de como era e como está, e quais são as obrigatoriedades de continuidade para a manutenção dos serviços. Então, isso que nós respondemos para análise do Ministério Público, do Tribunal de Contas, e consequência disso é o encaminhamento ao Tribunal de Justiça, para decisão se irá manter ou não a intervenção”, explica Carmona.