O pai do bebê de dois meses, que morreu após ter 95% do corpo queimado em uma fogueira, na última sexta-feira (08), será ouvido pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta terça-feira (12). A mãe da vítima jogou a criança no fogo e foi presa pelo crime de infanticídio. Relatos apontam que a mulher tinha apego “muito grande” com a filha recém-nascida.
O delegado Bruno Abreu assumiu o caso nesta semana, após férias do delegado Nilson Farias, e deverá concluir as oitivas até sexta-feira (15). Testemunhas serão ouvidas na quarta-feira (13).
Segundo informações, a suspeita, de identidade não divulgada, sofre de problemas psicológicos. No dia do fato, ela foi encontrada em estado de choque, em uma região de mata, próximo à residência, onde colocou fogo. A mulher está presa, e será submetida à análise psiquiátrica. Ela permanece à disposição da Justiça.
De acordo com o delegado Nilson Farias, durante entrevista ao programa Tribuna da Rádio Vila Real FM, a mulher teria cometido o crime durante um estado psicológico alterado. Conforme relatos de familiares, a suspeita tem outro filho, de nove anos.
No início, a mulher não queria a gravidez da nova filha, no entanto, quando a criança nasceu, ela se apegou muito. “As irmãs falam que ela era muito amorosa com a bebê, mas ela criou um quadro que não deixava ninguém pegar a filha”, disse Nilson.
O delegado também relatou que a mulher tentou salvar a filha, após jogá-la na fogueira, mas não conseguiu, e por isso foi encontrada na região de mata.
Relatos de testemunhas também apontam que a mulher seria usuária de entorpecentes, por isso, ela foi submetida à exames toxicológicos.
No dia do crime, testemunhas ouviram o choro da criança e conseguiram tirar o bebê da fogueira. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e chegou a encaminhar a recém-nascida para o Pronto Socorro, mas ela não resistiu. A suspeita também foi levada para a unidade hospitalar, pois estava com queimaduras pelo corpo.