Fonte: Olhar Direto
Os focos de calor no Pantanal de Mato Grosso reduziram bastante neste mês após fim da estiagem e registro de chuvas. Entre 01 e 20 de setembro, o satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) detectou 5.056 focos. Já durante os 20 dias deste mês, o número caiu para 1.107. Desde o começo dos incêndios, foram atingidos a área de 2, 2 milhões de hectares.
Segundo o levantamento, os meses de agosto e setembro foram os que registraram um maior número de destruição pelas queimadas. Em agosto, foram 664 mil hectares destruídos, enquanto em setembro a área devastada corresponde a 1,117 milhão de hectares.
Entre as terras indígenas destruídas em 2020, Perigara perdeu 99% de sua área, o equivalente a 10,7 mil hectares. A terra Tereza Cristina, localizada em Santo Antônio do Leverger (a 34 km de Cuiabá), foi a que teve a perda mais expressiva de 25,7 mil hectares, mas a área corresponde a 88,7 mil hectares queimados. Por fim, o Baía dos Guató, localizada em Barão de Melgaço e Poconé (a 102 km de Cuiabá), perdeu 83,2% de sua área, o correspondente a 16 mil hectares.
A área devastada em 2020 é bem superior a 2019, quando foi registrado 317 mil hectares. Naquele ano, o Pantanal Mato-Grossense foi o melhor preservado, enquanto o Pantanal Sul-Mato-Grossense teve 1,3 milhão de hectares destruídos pela força do fogo.
Apesar da dimunuição do fogo, a região ainda precisa de ajuda. Os animais foram afetados e muitos morreram queimados. A ação de resgate e até mesmo de atendimento veterinário é realizado por voluntários de todo país. Há também ações que levam água e alimentos aos bichos que sofrem na região.